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Evangélicas se identificam mais com a esquerda e rejeitam armas

Elas são maioria nas igrejas, dedicam-se mais à religião e dominam os espaços de influência digital

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Juliano Spyer
São Paulo

Depois de duas eleições polarizadas em função da pauta de costumes, as mulheres evangélicas da cidade de São Paulo se mantêm mais abertas para a ampliação do direito ao aborto e aos cursos de educação sexual nas escolas, além de serem mais contrárias ao porte de armas e ao homeschooling.

Além de serem maioria numericamente (58%) entre os evangélicos, as mulheres também se dedicam mais às suas igrejas. Elas contribuem mais com o dízimo: 87% contra 77% dos homens. Estão mais presentes nas igrejas, com 16% dos entrevistados afirmando que vão aos cultos acompanhados apenas pela mãe, contra apenas 2% que vão acompanhados só pelo pai.

Os números são de pesquisa Datafolha feita com 613 fiéis paulistanos entre 24 e 28 de junho, com margem de erro de quatro pontos percentuais.

Evangélicas também dominam os espaços digitais na capital paulista. Elas se comunicam mais utilizando redes sociais como Instagram (69% contra 54% dos homens) e Facebook (71% contra 58% dos homens). Esse interesse se reflete na maior participação delas nos grupos de WhatsApp das igrejas: 63% atuam nesses espaços. Apenas 47% dos homens fazem o mesmo.

Fiéis durante a Marcha para Jesus 2024, em São Paulo - Folhapress

Quando se trata dos influenciadores que os evangélicos paulistanos seguem, entre os 10 mais populares, apenas três são homens. E o top 5 é totalmente feminino: Gabriela Rocha (5%), Aline Barros (4%), Cassiane, Bruna Karla e Camila Barros (3% cada).

Evangélicas também são mais progressistas em várias questões. Em relação ao aborto, 21% delas dizem que ele deveria ser permitido em mais situações do que as previstas por lei, comparado a apenas 13% dos homens. Além disso, 75% delas acreditam que a escola deve ensinar educação sexual, contra 71% dos homens.

As evangélicas ainda rejeitam mais a ideia de que o cidadão tenha uma arma de fogo para se defender (72% contra 59% dos homens) e são mais contrárias ao homeschooling (81% contra 71% dos homens).

Politicamente, elas se identificam mais com a esquerda do que os homens (17% contra 12%) e, em relação a todos os partidos, preferem o PT (13%) ao PL (4%). Entre os homens, a disputa está mais equilibrada: 17% têm preferência pelo PT, enquanto 10% preferem o PL.

Mas quando o assunto é política, mais evangélicas consideram a religiosidade um atributo importante. Metade delas acha essencial que seu candidato seja da mesma religião, e 84% consideram importante que o candidato acredite em Deus. Entre os homens, os resultados foram, respectivamente, 38% e 71%.

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