Siga a folha

Morre Tuíre Kayapó, ativista indígena que simbolizou luta contra usina de Belo Monte

Liderança usou facão contra diretor da Eletronorte durante debate; ela sofria complicações decorrentes de um câncer no útero

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

Morreu neste sábado (10) a ativista indígena Tuíre Kayapó, símbolo da luta de resistência contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ela sofria complicações decorrentes de um câncer no útero.

A informação foi confirmada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Kaiapó do Pará.

A líder indígena Tuíre Kayapó participa de audiência pública sobre o papel dos povos indígenas na proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável - Câmara dos Deputados

Tuíre foi uma das primeiras mulheres indígenas a ter protagonismo. Ela liderou marchas e protestos em Brasília e participou de sessões públicas na Câmara dos Deputados em defesa da demarcação de terras e direitos dos povos originários.

O ativismo de Tuíre ficou marcado em 1989, quando encostou seu facão no rosto do então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, durante um debate sobre a construção da usina de Belo Monte, à época chamada de Cararaô. A repercussão do protesto levou o Banco Mundial a suspender o financiamento para a usina.

Em 2008, indígenas kayapós voltaram a usar facões contra um engenheiro da Eletrobras em debate sobre a usina. Na ocasião, Paulo Fernando Rezende sofreu um corte profundo no braço.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas