Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Novo cotado para Educação tem perfil 'dos sonhos' da base evangélica, diz deputado

Aliados dizem apoiar o nome, em análise pelo governo eleito, de Guilherme Schelb

O procurador Guilherme Schelb - Reprodução/Facebook

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Após vetar a indicação de Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para o Ministério da Educação, a bancada evangélica na Câmara diz apoiar integralmente o nome, em análise pelo governo eleito, do procurador Guilherme Schelb, que também é evangélico.

A Folha conversou nesta quinta com integrantes da frente, que na quarta se reuniu com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), para manifestar forte descontentamento com a possibilidade de indicação de Mozart Ramos, considerado por eles como alinhado à esquerda.

Um deles, o deputado pastor Marco Feliciano (Pode-SP), disse que Schelb tem o "perfil que a bancada sonha". Procurador-regional da República no Distrito Federal, o possível novo ministro tem bandeiras comuns a Bolsonaro e à bancada evangélica, como o projeto Escola Sem Partido.

Folha - Guilherme Schelb é um nome que agrada à bancada evangélica?

Marco Feliciano - Schelb tem o perfil que o presidente queria. O perfil do presidente é o perfil que a bancada sonha, um perfil conservador, uma pessoa que tenha cultura. Ele [Schelb] é preparado intelectualmente e nos agrada muito. E é de confissão evangélica. Teve inúmeros debates aqui na Câmara sobre erotização precoce, é muito bem preparado. E é ideologicamente afinado com a gente e com o presidente.

Ele foi uma indicação da bancada? A bancada não quis indicar. Mas ele [Schelb] tem o nosso aval. Nós nos manifestamos contra o Mozart porque ele é alinhado à esquerda. Nós fomos ontem falar com o ministro Onyx. Lemos na Folha que ele havia sido indicado. O Onyx negou para a gente, disse que não havia indicação, disse que houve um convite feito à Viviane Senna [presidente do Instituto Ayrton Senna], e ela havia declinado e indicado o Mozart. Como conhecemos o alinhamento à esquerda dele, fomos lá protestar. Dizer que a promessa de campanha do presidente tem que ser cumprida. Falamos que quando ele encontrar um nome que fosse um nome alinhado às propostas dele de campanha, nos agradaria. O Schelb nos agrada.

Caso se efetivasse a indicação do Mozart, criaria-se uma fissura com a bancada? A princípio não acredito que isso, a indicação, aconteceria. Foi proposta de campanha do Bolsonaro, ele é alinhado ao Escola sem Partido e outras coisas mais, é contra a esquerda, contra a doutrinação [à esquerda]. É contra a esquerda visceralmente. Então esse nome não passaria. Esse nome deve ter ficado só com a assessoria dele.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas