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COB usa Jogos Sul-Americanos como laboratório

Brasil usa evento para buscar vagas ao Pan-2019 e fazer testes para Tóquio

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Marcelo Laguna
São Paulo

Os Jogos Sul-Americanos, que começam neste sábado (26) em Cochabamba (BOL), servirão para o Brasil mais do que conquistar medalhas.

O maior foco do evento será o de testar a condição de novos atletas, já pensando nas disputas do Pan-Americano de Lima, em 2019, e nas Olimpíadas de Tóquio, no ano seguinte.

​Trata-se de uma situação bem diferente do que houve quatro anos atrás, quando houve a realização dos Jogos em Santiago (CHI).

Na ocasião, com uma delegação composta por 479 atletas, o Brasil encarou o evento como seu primeiro grande teste no ciclo da Olimpíada Rio-2016. No final, venceu a competição, com um total de 258 medalhas (110 de ouro).

Parte da delegação do Brasil participa da Cerimônia da Bandeira, na Vila de atletas em Cochabamba - Washington Alves/Exemplus/COB

A quantidade de pódios na Bolívia, este ano, não lidera a ordem de prioridades dentro do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Além de obter as vagas em disputa de algumas modalidades para o Pan de Lima, há a expectativa de fazer observações sobre o desempenho de alguns atletas que poderão ser destaque na Olimpíada de 2020.

"Embora sejam jogos continentais, que fazem parte do nosso ciclo de competições, pretendemos dar experiencia a jovens atletas, para fazer determinadas avaliações de estratégias de competição e, como objetivo maior, buscar as vagas para o Pan de Lima", explicou Jorge Bichara, diretor de esportes do COB.

Dar uma vivência a jovens promessas dentro de um evento poliesportivo será apenas um dos objetivos para a delegação brasileira, que está na Bolívia em proporções mais modestas do que o normal

Se há quatro anos a delegação total (incluindo treinadores e membros de apoio) chegou a quase mil pessoas, na Bolívia este número será de cerca de 440 integrantes, sendo 316 atletas.

De acordo com o COB, será a sétima delegação em tamanho, em comparação com outros países.

No total, 15 modalidades em Cochabamba serão classificatórias para o Pan do ano que vem. São elas:  atletismo, boliche, ciclismo BMX, ciclismo estrada, ciclismo MTB, ciclismo pista, handebol, hóquei sobre grama, caratê, natação, pentatlo moderno, rúgbi, tiro esportivo, triatlo e wrestling.

Poucas equipes de ponta

Mesmo tendo como objetivo servir de laboratório, os Jogos Sul-Americanos contarão com algumas equipes de ponta. É o caso da ginástica artística, que estará no evento com uma equipe que tem como maior nome Arthur Zanetti, campeão olímpico das argolas em Londres-2012 e prata na prova na Rio-2016.

"No caso da ginástica, optamos em levar um time mais forte pois o Mundial de Doha, deste ano, contará com os mesmos equipamentos que estarão em Cochabamba e que não temos no Brasil. A gente precisa sentir esses equipamentos e ver como vamos nos portar no Mundial", explicou Bichara.

Outros destaques na delegação do Brasil estão na natação, com Guilherme Costa, recordista sul-americano nas provas de 800 m e 1.500 m, e Ygor Coelho, 33º colocado no ranking mundial de badminton.

O Brasil também optou por levar apenas três equipes de esportes coletivos, justamente as que brigam por vaga no Pan de Lima.

" Uma rivalidade tradicional é com a Argentina no handebol, mas será uma disputa mais pela medalha de ouro porque os dois primeiros colocados vão para o Pan. Os outros chegam em um nível diferente, cokm o rúgbi buscando sua consolidação no continente, enquanto o hóquei ainda está num estágio inicial de desenvolvimento. Uma vaga em Lima seria um grande feito", afirmou o dirigente.

​A cerimônia de abertura dos Jogos Sul-Americanos está marcada para começar às 20h (horário de Brasília) deste sábado, no estádio Félix Caprilles.

O Brasil será o terceiro a desfilar e a porta-bandeira será Valéria Kumizaki, atleta do caratê.

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