Primas de Gal Costa acusam Wilma Petrillo de coagir artista a anular testamento
Documento previa a criação de uma fundação sem fins lucrativos em nome da cantora
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Duas primas de Gal Costa, morta em novembro de 2022, acionaram a Justiça de São Paulo com o pedido de que um testamento feito pela cantora em 1997 volte a ser válido.
Segundo Verônica e Priscila Silva, a artista teria sido coagida por Wilma Petrillo, que diz ser sua viúva, a revogar em 2019 o documento que previa a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura —e que seria tocado por cinco primas de Gal. As informações foram divulgadas pelo jornal Correio 24 horas, da Bahia, neste sábado, 30.
Segundo a apuração, o testamento tinha assinatura de Petrillo como testemunha e a fundação sem fins lucrativos "teria como objeto a formação de músicos e outros artistas ligados à área, promovendo festivais, concursos, concedendo bolsas de estudos de músicas para pessoas carentes dentre diversas outras finalidades de cunho exclusivamente filantrópico".
Verônica e Priscila disseram que, em 2000, a artista entregou para elas seu acervo de figurinos para que ele integrasse o acervo da fundação. Segundo elas, foi só depois que Gal morreu e a família se organizava para dar início ao projeto que elas souberam do cancelamento do documento.
A desconfiança, de acordo com as primas, teria surgido porque Gal "jamais manifestou qualquer vontade de revogação do testamento lavrado anteriormente, especialmente porque o referido documento seria destinado a preservar o seu patrimônio cultural e artístico para constituição de uma fundação filantrópica em seu nome".
Além disso, elas dizem que "a conduta de Wilma sempre foi de manipulação perante Gal, seja em relação a sua carreira, seu patrimônio, sua família, funcionários e amigos além de todos que com ela se relacionavam" e que "durante a relação pessoal e empresarial que Wilma manteve com Gal, esta vivia visivelmente infeliz e adoecida".
Vanessa Bispo, advogada de Petrillo, chamou as alegações de absurdas. "Segundo informações da minha cliente, Gal sequer convivia com essas primas. Gal anulou o testamento porque quis. Ela era uma mulher forte, com opiniões próprias, sempre fez o que quis. Nunca foi uma mulher fraca para ser coagida por quem quer que seja. Uma acusação de coação é muito séria e precisa ser provada".
O pedido acontece poucas semanas depois de Gabriel Costa, filho da cantora, ter entrado na Justiça com um pedido para que o corpo da mãe seja exumado. Ele pede que uma necrópsia que estabeleça a causa da morte dela seja feita e que os restos mortais da cantora sejam transladados de São Paulo para o cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, conforme a artista pediu em vida.
Neste domingo, 31, o programa Fantástico exibe entrevistas feitas com Gabriel e Petrillo sobre a disputa pela herança de Gal.
Erramos: o texto foi alterado
Versão inicial do texto afirmava que as informações sobre as acusações das primas de Gal Costa eram do G1, mas são do Correio 24 Horas, da Bahia. O texto foi corrigido.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters