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Mais de dez milhões já voltaram ao trabalho com fim do isolamento, diz IBGE

Em queda há oito semanas, número de afastados por pandemia chega a 6,2 milhões

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Rio de Janeiro

O número de brasileiros afastados ​do trabalho devido à pandemia caiu para 6,2 milhões na terceira semana de julho, informou nesta sexta (7) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São 800 mil pessoas a menos do que na semana anterior e 10,4 milhões a menos do que no início de maio.

Os dados são parte da Pnad Covid, pesquisa criada pelo instituto para detectar os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro. Não podem ser comparados aos da Pnad Contínua, que calcula a taxa de desemprego e trouxe uma série de recordes negativos nesta quinta (6), quando foi divulgado o resultado do segundo trimestre.

A Pnad Contínua estima que 8,9 milhões de pessoas perderam o trabalho no pico da pandemia, levando o contingente de brasileiros ocupados ao menor número desde que a pesquisa começou a ser feita no formato atual, em 2012. O número dos que desistiram de procurar trabalho também bateu recorde.

O grupo de afastados pesquisado pela Pnad Covid inclui aqueles brasileiros que já têm uma ocupação — formal ou informal — mas dizem que não estavam trabalhando por causa do isolamento social. Foi a oitava semana seguida de queda, o que reflete o relaxamento dessas medidas na maior parte do país, segundo avaliação do instituto.

"Como o total de pessoas não afastadas do trabalho aumentou na terceira semana de julho, isso indica que a maioria das pessoas que estavam afastadas pelo distanciamento voltaram para o trabalho que tinham antes da pandemia", disse a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Outros 3,1 milhões de brasileiros disseram ao IBGE estarem afastados por outros motivos, número estável em relação à semana anterior. De acordo com o instituto, as razões para esses afastamentos podem ser licença para tratamento de doença ou licença maternidade, por exemplo.

O IBGE calcula que 8,2 milhões de trabalhadores brasileiros estavam em home office na terceira semana de julho, estável em relação à semana anterior. No início de maio, quando a pesquisa começou a ser feita, 8,7 milhões estavam trabalhando de casa.

A taxa de desemprego na terceira semana de julho ficou em 13,1%, atingindo 12,3 milhões de pessoas, sem variação em relação à semana anterior. Essa indicador, porém, é distorcido pela elevação do contingente que gostaria de trabalhar mas não está procurando trabalho.

Esse contingente era formado 28,3 milhões de pessoas, das quais 18,3 milhões disseram que o isolamento social os impediu de procurar uma vaga. Isso signitica que mais de 40 milhões de brasileiros querem trabalhar, mas não encontram emprego ou desistiram de procurar.

Como a taxa de desemprego considera apenas quem diz estar procurando vaga, ela deve subir no momento em que essas pessoas voltarem às ruas em busca de emprego. Especialistas estimam que, se esse grupo estivesse na rua hoje, taxa oficial seria de 21,5%.

A pesquisa divulgada nesta sexta mostra também que a taxa de informalidade continua caindo, em um sinal de que os trabalhadores informais estão sendo mais prejudicados pela crise. Na terceira semana de julho, 26,6 milhões de brasileiros estavam na informalidade. São 3,3 milhões a menos do que no início de maio.

Esse grupo inclui empregados do setor privado e trabalhadores domésticos sem carteira asinada, empregadores e trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS, e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

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