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Proposta atual de acordo UE-Mercosul é impossível de aceitar, diz Lula a jornal

Em entrevista ao El País, presidente afirma que vai propor mudanças e trabalhar para ratificar acordo em 2023

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Lisandra Paraguassu Eduardo Simões
Brasília e São Paulo | Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista ao jornal espanhol El País publicada nesta quinta-feira (27) que a atual proposta de acordo comercial entre União Europeia e Mercosul "ainda é impossível de aceitar" e que o Brasil vai propor mudanças, sem detalhar quais seriam.

"Estamos em 2023 e a proposta ainda é impossível de aceitar. Vamos propor mudanças", disse Lula na entrevista ao jornal, na qual saudou o fato de a Espanha assumirá em breve a presidência da UE. Ao mesmo tempo, Lula manifestou esperança de que o acordo seja fechado neste ano.

Presidente Lula encontra o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, em Madri - Gustavo Valiente - 26.abr.2023/Xinhua

"Vou trabalhar para que se possa ratificar o acordo neste ano. Por parte do Mercosul, acredito que é possível firmá-lo. Agora, precisamos ver o que quer a UE."

Apesar da intenção manifestada por Lula de alterações na proposta do acordo, uma fonte diplomática revelou à Reuters recentemente que há receio de reabrir negociações do acordo porque pode acabar sendo impossível encerrá-lo novamente.

"Se a gente pede para rever compras governamentais, os europeus pedem para rever algum outro ponto... e aí não se sabe como termina isso. É uma preocupação", disse a fonte.

Atualmente, as milhares de páginas do acordo estão em análise pelo governo brasileiro.

Lula esteve na Espanha nos últimos dois dias e ouviu do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em declaração conjunta de ambos, que também tem esperanças de finalizar o acordo neste ano. Sánchez reconheceu que há dúvidas entre membros da UE sobre o acordo, mas que trabalhará para dissipá-las.

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