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'Reação absolutamente extremada', diz CEO do Bradesco sobre queda dos mercados

Presidente do banco vê economia americana como resiliente, apesar de payroll abaixo do esperado

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São Paulo

Na avaliação do presidente do Bradesco, a forte queda dos ativos de renda variável mundo afora nesta segunda-feira (5) é exagerada.

"Eu acho que é uma reação absolutamente extremada. Vamos ver o que vai acontecer", disse Marcelo Noronha em entrevista a jornalistas para comentar o resultado do banco no segundo trimestre deste ano.

O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, durante a Febraban Tech 2024, em São Paulo. - Divulgação

Os mercados acordaram com o derretimento de 12,5% da Bolsa de Valores do Japão, o pior resultado diário do Nikkei 225 em 37 anos do índice.

A forte aversão a risco é influenciada principalmente pelos temores de uma recessão nos Estados Unidos, após uma desaceleração no mercado de trabalho do país.

Na sexta (2), o "payroll" (folha de pagamento, em inglês) mostrou que os EUA criaram 114 mil vagas no mês passado, ante expectativa de 175 mil, e a taxa de desemprego cresceu para 4,3%, quando agentes financeiros esperavam manutenção em 4,1%.

Para Noronha, porém, o dado aquém do esperado não muda o cenário observado nos últimos meses, de resiliência da atividade econômica nos EUA.

O executivo também espera uma influência positiva da queda de juros prevista nos EUA para o Brasil. "Vemos cenário de taxa de juros constante no Brasil, não trabalhamos com alta [na Selic], mas a queda de juros nos EUA nos ajuda a não ter que subir a nossa".

No Brasil, o dólar abriu em forte alta nesta segunda. Por volta das 9h20, a divisa norte-americana subia 1,57%, cotada a R$ 5,800. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,865. Outras moedas de países emergentes também se desvalorizavam, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

O movimento ocorrido na Bolsa do Japão foi ecoado em outros mercados. O índice de referência Kospi da Coreia do Sul caiu 8,8%. Em Taiwan, o índice Taiex despencou 8,35%, a Bolsa de Singapura desvalorizou 4,07%, enquanto o S&P/ASX australiano teve perda de 2,5%. O Sensex da Índia perdeu 2,6%.

Já na China, as quedas foram menores. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas nas Bolsas do país, caiu 1,21%. Em Xangai, a perda foi de 1,54%.

Os mercados futuros indicaram que o movimento provavelmente se estenderá aos Estados Unidos. Os futuros dos índices de ações dos EUA caíram nesta segunda-feira (os ligados ao Nasdaq despencaram quase 4%).

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