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Descrição de chapéu Coronavírus

Para tentar fugir de 'lockdown', Eslováquia testa 2,6 milhões em um dia

Objetivo é fazer exames em toda a população acima de dez anos em dois finais de semana

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Bruxelas

Para tentar conter o contágio de coronavírus sem precisar recorrer a um novo confinamento, o governo da Eslováquia começou no sábado (31) a testar toda a população do país acima dos dez anos de idade.

No primeiro dos dois dias de exames, foram testados 2,58 milhões de eslovacos —quase metade da população de 5,6 milhões de habitantes. Tiveram resultado positivo 25,85 mil, ou 1% dos que fizeram o teste. Eles ficarão em quarentena.

Profissional de saúde colhe amostra de eslovaco durante fim de semana nacional de testes na Eslováquia - Vladimir Simicek - 31.out.20/AFP

A Eslováquia, um dos primeiros países europeus a implantar confinamento na primeira onda de coronavírus, tem a segunda menor taxa de mortes do continente: 40 mortos por Covid-19 para cada 1 milhão de habitantes, atrás apenas da Letônia, que tem 39/1 milhão, desde o começo da pandemia.

O governo eslovaco implantou confinamento seis dias antes de confirmar a primeira morte por Covid-19, em 12 de março, o que também lhe garantiu uma baixa taxa de casos confirmados: 1.100/100 mil habitantes, cerca da metade da francesa, por exemplo, que chega a 2.100/100 mil.

O governo eslovaco teme, porém, um repique mais forte como o que ocorreu na vizinha República Tcheca, que nas últimas semanas vem enfrentando o triplo de novos casos diários e uma alta taxa de mortes.

Para implantar o programa de testes universais, foram montados 5.000 postos nas 141 cidades eslovacas. A participação foi voluntária, mas o governo pretende restringir o movimento dos que se recusarem a passar pelo diagnóstico.

“A liberdade deve caminhar junto com a responsabilidade”, disse o primeiro-ministro eslovaco, Igor Matovic, à imprensa nacional. Segundo ele, todos devem proteger os idosos e doentes.

A estratégia de testes, rastreamento de contatos e isolamento é uma das opções já defendidas pela Organização Mundial da Saúde para evitar a transmissão do coronavírus. Ela depende, porém, de que as pessoas que tiveram resultado positivo fiquem realmente isoladas, afirmou na última sexta a líder técnica da OMS para Covid-19, Maria Van Kerkhove.

Outras medidas como distanciamento físico, higiene das mãos e evitar lugares fechados e aglomerações também devem ser mantidas por toda a população, segundo a OMS.

Em outros países europeus, o rápido aumento de novos casos de Covid-19 suplantou a capacidade de rastrear contatos, e vários anunciaram bloqueios parciais, por cerca de um mês. A paralisação já foi definida na Alemanha, França, Inglaterra, Portugal, Bélgica e Áustria, entre outros.

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