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Descrição de chapéu palestina

Operações israelenses deixam 9 mortos no norte da Cisjordânia

Exército classifica operação de antiterrorista; Mahmoud Abbas interrompe viagem para seguir 'evolução da agressão' de Israel

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Nablus (Cisjordânia) | AFP

O Exército israelense afirmou, nesta quarta-feira (28), que "eliminou nove terroristas armados" em ataques a quatro cidades da Cisjordânia, que classificou de "operação antiterrorista", em nova operação simultânea à guerra na Faixa de Gaza.

Mas o Crescente Vermelho palestino estimou em dez o número de palestinos mortos durante a noite: dois em Jenin, quatro no bombardeio a um carro em um município próximo e outros quatro em um acampamento de refugiados perto da cidade de Tubas. Também afirmou que havia 15 feridos.

Os corpos das vítimas foram levados para hospitais, segundo a ONG, com exceção de "dois irmãos de 13 e 17 anos", mortos em uma casa no campo de refugiados, que os serviços de emergência "não conseguiram recuperar até o momento", explicou Jibril.

Um soldado israelense corre armado durante ataque no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada por Israel - AFP

O Exército israelense disse ter eliminado "terroristas armados" em uma operação de grande envergadura, com bombardeios aéreos e incursões de comboios blindados em várias cidades e campos de refugiados no norte da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Algumas horas antes, as Forças de Israel anunciaram o início de uma "operação para combater o terrorismo" nas cidades de Jenin e Tulkarem, ao norte do território palestino.

As incursões das tropas israelenses em zonas autônomas palestinas são quase diárias na Cisjordânia.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza contra o Hamas, em outubro de 2023, Tel Aviv efetuou vários ataques aéreos contra campos de refugiados ou a Cisjordânia.

Nas últimas semanas, as operações se concentraram no norte do território, onde os grupos armados que lutam contra Israel são mais ativos.

"O Exército opera com todas as suas forças desde a noite nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarem para desmantelar a infraestrutura terrorista islamista iraniana", disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.

Em uma mensagem na rede social X, Katz acusou o Irã de desejar "estabelecer uma frente terrorista no leste, em Judeia e Samaria", nome bíblico da Cisjordânia utilizado pelos israelenses, "seguindo o modelo de Gaza e do Líbano", de onde o Hezbollah, grande aliado de Teerã, lança foguetes contra Israel quase diariamente desde o início da guerra em Gaza.

Na segunda-feira (26), o Exército anunciou que matou cinco palestinos em um ataque aéreo contra o campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, interrompeu uma visita à Arábia Saudita para retornar à Cisjordânia nesta quarta-feira e "seguir a evolução da agressão israelense" no norte desse território, informou a agência oficial palestina Wafa.

A guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas contra o sul de Israel, também intensificou a violência no outro território palestino.

Mais de 650 palestinos morreram na Cisjordânia por ações do Exército ou de colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais palestinos.

Do outro lado, ao menos 20 israelenses morreram no território, incluindo soldados atacados por palestinos ou que participavam em incursões militares, segundo dados oficiais israelenses.

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