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Nova ministra do Trabalho foi citada em delação da Odebrecht

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Crédito: Gilmar Felix/Câmara dos Deputados A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), escolhida ministra do Trabalho

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Confirmada nesta quarta (3) como nova ministra do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) é citada na delação da Odebrecht como beneficiária de caixa dois de campanha no valor de R$ 200 mil.

Em depoimento prestado ao MPF (Ministério Público Federal), o ex-diretor da empreiteira no Rio de Janeiro Leandro Andrade afirmou ter repassado a quantia à congressista em 2012, em um escritório no Rio. Naquele ano, ela concorreu a uma cadeira na Câmara de Vereadores da cidade.

O pagamento fazia parte, segundo ele, de um acerto prévio feito com o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ) e o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ). Os dois negam.

"Ela mesma foi retirar esse dinheiro e o que aconteceu é que o portador nosso, o doleiro, demorou a chegar. E ela ficou na antessala do escritório", contou o delator.

Ele destacou um "fato pitoresco" no episódio. A nova ministra teria manifestado desconforto com uma câmara de videoconferência instalada no local em que aguardava o suposto caixa dois.

"Ela ficou super incomodada, achando que eu estava gravando", relatou o executivo, acrescentando que a agora ministra perguntou se o aparelho estava funcionando. "Percebi o constrangimento, tirei a câmera e botei no chão."

O colaborador disse que o doleiro chegou e entregou um pacote a Brasil com a quantia. Ela teria colocado o dinheiro numa mochila antes de ir embora.

Brasil é filha do ex-deputado cassado Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB, que foi o primeiro delator do esquema do mensalão.

Quando o depoimento foi divulgado, no ano passado, a deputada alegou que "não há nada" a seu respeito, a não ser "um comentário sem qualquer prova" feito pelo delator. Ela afirmou que os poucos contatos que já teve com profissionais da Odebrecht foram em raros eventos institucionais. "Estou, como sempre estive, à disposição da Justiça e da sociedade para esclarecer o que for necessário."

Não há, até aqui, nenhuma investigação formal aberta contra ela.

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