'Eleitores do PT' não espancaram idosas, como diz notícia falsa compartilhada em redes sociais
Vídeo feito em 2016 não mostra espancamentos
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Um vídeo publicado nas redes sociais afirmava que idosas eleitoras do candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, foram atacadas por apoiadores do PT no dia 18 de setembro de 2018. As imagens, no entanto, estão fora de contexto e esta versão é falsa.
“Aconteceu Agora: Eleitores do PT já estão atacando os da direita! Vejam eles espancando covardemente essa senhoras de idade eleitoras do Bolsonaro” diz a descrição de uma publicação no Facebook que teve mais de 39 mil compartilhamentos antes de ser apagada.
Como verificado pelo projeto Comprova, o vídeo não foi gravado recentemente e não há imagens de idosas sendo espancadas e nem de eleitores fazendo campanha para Bolsonaro.
Na verdade, o vídeo foi gravado no dia 4 de março de 2016, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi conduzido coercitivamente a uma delegacia da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para depor no âmbito da operação Lava Jato.
Para chegar a essa conclusão, o Comprova identificou o local da gravação ao fazer uma busca por imagens semelhantes às do vídeo enganoso com auxílio do programa Citizen Evidence. Depois, ao comparara as duas, o Comprova concluiu que a filmagem foi feita nas imediações do aeroporto.
Na sequência, o Comprova fez buscas na internet por incidentes com militantes do PT naquelas imediações e chegou ao dia 4 de março de 2016, data em que Lula foi conduzido à delegacia da Polícia Federal em Congonhas.
Há duas pessoas nas imagens e elas também aparecem em um vídeo publicado pelo portal G1 sobre o evento, em março de 2016. A paisagem urbana de ambas gravações também coincide com a Avenida Washington Luis, da capital paulista, na altura do número 6995.
Participaram da apuração deste texto os veículos AFP e Poder360, que integram o Comprova, projeto que visa identificar, checar e combater rumores, manipulações e notícias falsas sobre as eleições de 2018. É possível sugerir checagens pelo WhatsApp da iniciativa, no número (11) 97795-0022.
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