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Moraes multa Telegram em R$ 1,2 milhão por não bloquear Nikolas Ferreira

Ministro do STF expediu ordem, não cumprida, no dia 13; rede social citou eventual dano à liberdade de expressão

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Brasília | UOL

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes aplicou uma multa milionária ao aplicativo Telegram por descumprimento de decisão.

A rede social descumpriu ordem judicial de bloquear o canal do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG). Em razão disso, o ministro estabeleceu multa de R$ 1,2 milhão.

Alexandre de Moraes havia determinado, em 13 de janeiro, que o Telegram interrompesse a conta de Nikolas no Brasil. O magistrado estipulou multa diária de R$ 100 mil pelo não cumprimento da determinação. A multa refere-se a dez dias do descumprimento.

O aplicativo de mensagens e rede social Telegram - Kirill Kudryavtsev - 8.nov.21/AFP

"A rede social, ao não cumprir a determinação judicial, questiona, de forma direta, a autoridade da decisão judicial tomada no âmbito de inquérito penal, entendendo-se no direito de avaliar sua legalidade e a obrigatoriedade de cumprimento", afirma Moraes na decisão.

Mais cedo, o Telegram pediu que o ministro reconsiderasse a ordem de bloqueio do deputado eleito. Em ofício ao STF, disse que não houve "qualquer fundamentação ou justificativa para o bloqueio integral do referido canal".

O Telegram também critica a ordem de bloqueio e diz que a determinação "colide com o direito à liberdade de expressão".

Em seu canal, com mais de 306 mil inscritos, Nikolas agradeceu ao Telegram por "lutar contra a censura".

"A única 'rede social' que ainda posso comunicar. Literalmente querem sumir comigo da internet. Surreal.", escreveu o deputado eleito.

Procurado, o Telegram não respondeu ao contato da reportagem.

Em março de 2022, Moraes chegou a suspender o funcionamento do Telegram no Brasil. À época, o ministro atendeu a um pedido da Polícia Federal.

O bloqueio foi revogado depois que o aplicativo respondeu às demandas do STF: nomeou um representante no país, Alan Campos Elias Thomaz, fechou parceria com agências de checagem de notícias, além de garantir que restringiria postagens que espalham desinformação.

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