Senado aprova indicado de Lula para diretor-geral da Abin
Delegado da PF, Luiz Fernando Corrêa foi aprovado por 43 votos a 5
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O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a indicação do delegado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa para o comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele foi aprovado com 43 votos a favor, 5 contra e 2 abstenções. A votação foi secreta.
A sabatina do indicado pelo presidente Lula (PT) para a Abin estava prevista para março, mas foi cancelada na véspera por decisão do senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores.
Embora a justificativa dada por ele tenha sido a ida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao Senado no mesmo horário, o motivo por trás do cancelamento foi a informação sobre Corrêa ter escolhido supostos bolsonaristas para ocupar os cargos de 02 e 03 na agência.
Corrêa foi sabatinado pela comissão no dia 4 de maio e aprovado por unanimidade. Na ocasião, ele saiu em defesa do delegado federal Alessandro Moretti, escolhido diretor-adjunto, número 2 na estrutura da Abin; e de Paulo Maurício Fortunato para Secretaria de Gestão e Planejamento, terceiro cargo na hierarquia da agência.
"Gozando da confiança do presidente, jamais correria o risco de expor qualquer governo a uma situação no mínimo constrangedora de indicar alguém que não tivesse esse status para a posição que estamos indicando", disse à comissão.
Moretti foi número 2 de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, na secretaria de Segurança do Distrito Federal, entre 2018 e 2021, e diretor de inteligência na PF no último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Fortunato, servidor aposentado da Abin, por sua vez, ocupou cargos de chefia na Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, chefe da agência no governo Bolsonaro e amigo da família do ex-presidente.
A aprovação de Corrêa representa uma derrota para a cúpula da PF, que investiu contra as nomeações de Moretti e Fortunato pelos cargos que ocuparam em governos anteriores. O atual diretor da PF, Andrei Rodrigues, chegou a barrar a ida de Moretti para um cargo no exterior.
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