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Dona do Google fatura US$ 10 bi a mais e indica que inteligência artificial não a afetou

Receita da Alphabet aumenta de US$ 74,6 bilhões para US$ 84,7 bilhões no segundo trimestre

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Stephen Morris
San Francisco (EUA) | Financial Times

As receitas da Alphabet, dona do Google, aumentaram 14% no segundo trimestre, com um crescimento de dois dígitos na publicidade, sugerindo que chatbots de inteligência artificial como o ChatGPT, da OpenAI, ainda não afetaram o site de buscas.

Um crescimento ainda mais forte na parte de serviços na nuvem demonstrou a demanda voraz por serviços de computação e dados, à medida que empresas de big techs e startups correm para construir grandes modelos de linguagem e integrar IA em seus negócios.

Receitas da Alphabet, dona do Google, aumentam mais de US$ 10 bilhões em um ano - Reuters

As receitas subiram para US$ 84,7 bilhões (R$ 474,32 bilhões) no segundo trimestre, contra US$ 74,6 bilhões (R$ 417,76 bilhões) do mesmo período no ano passado, de acordo com dados divulgados nessa terça-feira (23). A performance superou a estimativa média dos analistas, que era de US$ 84,2 bilhões (R$ 471,52 bilhões).

O lucro líquido foi de US$ 23,6 bilhões (R$ 132,16 bilhões), um aumento de 28% no mesmo período do ano anterior, novamente superando ligeiramente as expectativas.

"(O desempenho) mostra um tremendo impulso contínuo na busca e grande progresso na nuvem, com nossas iniciativas de IA impulsionando um novo crescimento", disse o CEO da empresa, Sundar Pichai. O executivo foi criticado pela demora para comercializar a tecnologia de grandes modelos de linguagem, que foi originalmente concebida por pesquisadores do Google, mas popularizada pela OpenAI.

As ações da Alphabet, que flutuaram no comércio após o expediente, subiram quase 33% neste ano, o que provocou o aumento para US$ 2,26 trilhões (R$ 12,65 trilhões) em valor de mercado e tornou-a a quarta empresa mais valiosa do mundo, atrás da Apple, Microsoft e Nvidia.

A receita de publicidade —que representa a maior parte da receita do Google— cresceu 11% para US$ 64,6 bilhões (R$ 361,76 bilhões). No entanto, a taxa de crescimento desacelerou em relação ao trimestre anterior, decepcionando os analistas. A receita de publicidade no YouTube subiu 13% para US$ 8,7 bilhões (R$ 48,72 bilhões), enquanto o negócio de serviços na nuvem viu um aumento de 29% para US$ 10,3 bilhões (R$ 57,68 bilhões).

"(Os resultados) não foram tão convincentes quanto no primeiro trimestre, quando [os lucros] superaram de forma mais ampla", disse o analista Brent Thill, da Jefferies, dizendo que eles não causavam euforia no mercado.

O Google é uma das primeiras das big techs a divulgar seu balanço, para saber se os vastos gastos do setor em IA generativa estão se traduzindo em aumento de receita.

Os gastos de capital da Alphabet aumentaram para US$ 13 bilhões, US$ 1 bilhão a mais do que no trimestre anterior e quase o dobro dos US$ 6,9 bilhões gastos no mesmo período em 2023. Isso reflete um aumento no investimento em centros de dados, novos chips para treinar e executar modelos de IA e desenvolvimento de sua própria versão de produtos de IA, chamada Gemini.

"Estamos no estágio inicial de uma área muito transformadora. Em tecnologia, quando você está passando por transições como esta... o risco de um investimento menor é dramaticamente maior do que o de investir a mais", disse Pichai aos analistas. "Não investir para estar na frente aqui tem uma desvantagem muito mais significativa."

Pichai afirmou que os serviços de IA generativa do Google para clientes já estavam gerando "bilhões" em novas receitas e sendo usados por 2 milhões de desenvolvedores.

Ainda assim, o Google teve um começo difícil em seus esforços para integrar IA em seus produtos. No começo, os recursos de inteligência artificial diziam aos usuários que comer pedras poderia ser saudável, aconselharam a colar queijo na pizza e chamaram Barack Obama, ex-presidente dos EUA, de muçulmano.

Os lucros vieram um dia depois que o Google viu frustrada uma tentativa de adquirir a empresa israelense de cibersegurança Wiz por US$ 23 bilhões, o que teria sido a maior negociação de sua história.

A diretora financeira Ruth Porat se recusou a comentar por que as negociações colapsaram, mas disse que o Google continuaria a buscar oportunidades para diversificar seu portfólio "se encontrarmos a combinação certa de fatores, incluindo valor".

"A fiscalização regulatória não é nova para nós, e gerenciamos com sucesso revisões regulatórias de muitos grandes negócios no passado", acrescentou.

Com reportagem adicional de Nicholas Megaw

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