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Como vai funcionar a IA do novo iPhone, que será apresentado nesta segunda

Apple Intelligence terá Siri aprimorada, geração de imagens e transcrição de chamadas para modelos mais recentes

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São Paulo

Em 5 de outubro de 2011, um dia antes da morte de Steve Jobs, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, apresentou pela primeira vez um produto inédito.

Era o iPhone 4s, o primeiro com a assistente virtual Siri. No final da apresentação, a empresa destacou as vantagens possibilitadas pelo reconhecimento da linguagem natural pelas máquinas —uma década antes de o ChatGPT imitar a atriz Scarlett Johansson.

Nesta segunda (9), quase 13 anos depois, uma Siri reformulada com IA generativa, a moda da vez das big techs, deve ser um dos focos do evento de lançamento do iPhone 16. Chamada Glowtime (hora do brilho), a conferência ocorre às 14h (horário de Brasília), e pode ser assistida ao vivo no site da companhia e no YouTube.

Entre as mudanças da nova Siri, estão a possibilidade de conversar com ela por escrito e o entendimento do contexto pessoal de cada usuário, ou seja, acessando as notificações, documentos, emails e compromissos para responder perguntas e oferecer sugestões.

Para isso, a Apple promete um reforço de privacidade com o chamado Private Cloud Compute, com o qual os dados do usuário nunca são armazenados nos servidores, sendo usados apenas para processar essas solicitações específicas.

Com a atualização será possível, por exemplo, perguntar algo como "onde vou jantar hoje?". A assistente virtual então vai interpretar, a partir das suas mensagens ou de eventos marcados na agenda, o restaurante combinado com algum amigo.

As expectativas são altas, dado que a Apple hoje enfrenta um desafio tanto na venda de seus dispositivos —que ainda representam cerca de 60% da receita— quanto na demonstração de que também é relevante na esfera da IA, que impulsionou ações de companhias de tecnologia.

O CEO da Apple, Tim Cook, durante apresentação do WWDC, que revelou os recursos de IA da empresa - Reuters

A nova versão da assistente virtual da Apple, na verdade, é apenas uma parte do que a empresa chama de Apple Intelligence, uma IA proprietária fará parte de seus produtos com a chegada do sistema operacional iOS 18 nos próximos dias para modelos mais recentes.

Maior exemplo que a empresa quer exibir sua força na corrida da IA é que esse sistema também será compatível com o principal aplicativo do tipo, o ChatGPT. Em demandas relacionadas a fotos ou documentos, será possível usá-lo gratuitamente e sem necessidade de cadastro.

A Apple também promete um maior entendimento da língua falada (no início, somente o inglês). O novo design da Siri, que agora deixa as bordas da tela coloridas, tem as mesmas cores usadas no convite da empresa para o evento desta segunda.

Recursos como geração de imagens, de textos e até transcrição instantânea de chamadas de áudio também acompanham a atualização. As novidades foram anunciadas durante o WWDC 2024, evento voltado para desenvolvedores de julho deste ano.

Como tem sido comum nos últimos anos, as mudanças de hardware nos novos iPhones devem ser incrementais, com melhoras pontuais nas câmeras, nos chips, na tela e na bateria. A grande novidade virá pelo lado do software.

O lado negativo é que, como essas demandas por IA demandam mais processamento, só estarão disponíveis, além dos modelos que serão anunciados, a partir da linha Pro do iPhone 15, com o chip A17 Pro.

Nos iPads e nos MacBooks, só estará disponível nos produtos com processadores M1 ou superiores, lançados a partir de 2020.

Essas novidades também acompanham o já costumeiro "sherlocking", jargão de especialistas em tecnologia usado quando a Apple lança soluções nativas que inibem aplicativos menores de empresas independentes. A palavra é uma referência ao software de pesquisa da empresa chamado Sherlock, que nos anos 1990 tornou aplicativos semelhantes (e pagos) inúteis.

Por exemplo, o gerenciador de senhas que também virá com o iOS 18 atrapalhará a vida de empresas como 1Password; a gravação e transcrição de ligações, a TapeACall; a geração de textos e imagens, as dezenas de aplicativos de IA que surgiram nos últimos dois anos.

O iPhone 16, segundo a Bloomberg, deve vir com recursos que só apareceram na linha Pro do ano passado, como o botão de ação personalizável que substituiu o switch de silenciar notificações.

Já a linha Pro, mais cara, terá telas maiores, processadores novos e um botão dedicado para tirar fotos no lado direito do celular. A Apple, no entanto, não divulga com antecedência quais serão as atrações do evento.

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