A decisão do presidente do governo provisório de Portugal, António de Spínola, de oferecer o cargo de ministro das Finanças a banqueiros conservadores (o que imprimiria ao país uma diretriz de direita) foi motivo de reviravolta política.
Assim, as conversas para a divisão de pastas na formação do novo governo, que estavam praticamente acertadas, foram refeitas.
Spínola saiu desprestigiado. Ele queria designar o tenente-coronel Firmino Miguel, visto como de tendência centrista, para ser primeiro-ministro, mas teve que ceder a imposições. O indicado para esse cargo foi o general Vasco Gonçalves, um oficial considerado da esquerda moderada.
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