Descrição de chapéu Copa América

Copa América terá teste de Covid-19 a cada 48 horas e equipes trancadas no hotel

Ministério da Saúde anuncia protocolos que deverão ser seguidos por seleções no Brasil

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Brasília

O Ministério da Saúde divulgou informações sobre os protocolos de segurança na Copa América. Pelas regras, os jogadores deverão ser testados a cada 48 horas e não poderão sair do hotel, exceto para ir aos treinos ou por questão de saúde.

O anúncio foi feito pelo em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7).

O protocolo foi dividido em fases: viagem, hospedagem, testagem, treinos, jogos e retorno das equipes aos países de origem. As delegações, assim que chegarem ao Brasil, serão testadas dentro dos hotéis. Elas devem ficar em quartos e andares separados.

Marcelo Queiroga vê a Copa América como um torneio pequeno
Marcelo Queiroga vê a Copa América como um torneio pequeno
Pedro Ladeira - 26.mai.21/Folhapress

Além disso, as equipes usarão voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois do uso.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a testagem será feita com o exame RT-PCR e que nenhum teste será realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Todos os jogadores terão seguro de vida e, caso haja necessidade, serão atendidos por hospitais privados.

O chefe da pasta também falou que os atletas não serão obrigados a tomar vacina para disputar o campeonato. Ele argumentou que a aplicação do imunizante neste momento não causaria a imunidade até o início da competição.

“Não se fará esforço maior para vacinar esses atletas porque a vacina poderia até causar algum tipo de reação e comprometer o ritmo competitivo dos jogadores”, avaliou.

Segundo o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estão imunizadas e duas terminarão a imunização nesta semana.

De acordo com ele, entre jogadores e membros das comissões técnicas das dez seleções, haverá 650 pessoas envolvidas no torneio, além de 450 ligadas à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) espalhadas pelas quatro sedes.

“O protocolo atende todas as exigências sanitárias do nosso país, respeita o que estamos fazendo dentro das competições da CBF e é uma evolução em relação ao protocolo sanitário da Conmebol .”

Queiroga ressaltou que todos os jogos serão realizados sem a presença do público, em um ambiente sanitário controlado e monitorado pela vigilância sanitária dos estados e municípios.

Além disso, avaliou que a Copa América não é um campeonato de grande dimensão e que não há nenhum óbice legal para a sua realização no país.

“Não é um campeonato de grande dimensão. Partindo do pressuposto de que a prática de atividade esportiva competitiva está acontecendo normalmente no país —inclusive os campeonatos de futebol das divisões, Taça Libertadores da América, Sul-Americana, Eliminatórias da Copa do Mundo—, considerando também que os cidadãos dos países representados na Copa América têm autorização de entrada no Brasil, respeitadas as condições sanitárias, não há vedação", disse Queiroga.

O anúncio da pasta ocorreu no mesmo dia em que jogadores da seleção brasileira e a comissão técnica decidiram que vão jogar a Copa América no Brasil, com início em 13 de junho.

A possibilidade de boicote chegou a ser ventilada quando Rogério Caboclo ainda era o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O dirigente foi afastado do cargo por 30 dias após ser acusado de assédio sexual por sua secretária na entidade.

O grupo, no entanto, ainda divulgará um manifesto contrário à realização do evento no país devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19. Desde o anúncio da Conmebol de que a Copa América seria disputada no Brasil, depois de ter sido rejeitada pela Argentina e a Colômbia, os jogadores se rebelaram.

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