Diante de um forte esquema de segurança, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, desembarcou no Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (27).
Ao menos dez homens da polícia federal esperavam a chegada do cartola. Um dos agentes andava com sua arma exposta, modelo HK.
Logo depois, o dirigente visitou a Vila Olímpica, conheceu alguns apartamentos e tomou café da manhã com atletas.
Na saída, ele disse que recebeu a informação que todos os problemas nos prédios serão superados até sexta-feira (29).
"As equipes estão muito felizes, os atletas estão felizes, eles gostaram da comida e da atmosfera olímpica", afirmou Bach.
"A organização está muito boa, estamos confiantes que teremos grandes Jogos Olímpicos. Todos os Jogos têm desafios, às vezes é transporte, em outros temos problemas com a comida na Vila. Aqui, temos diferentes questões. O que vemos hoje é que as pessoas responsáveis reagiram aos desafios na Vila Olímpica. Estamos muito confiantes de que teremos grandes Jogos no Brasil", completou.
Pouco antes da entrevista do presidente do COI, mais uma parte da delegação australiana entrou na Vila Olímpica. Na noite da terça (26), uma parte dos atletas já tinha chegado ao local para se hospedar.
A equipe australiana foi a que mais se queixou dos problemas nos edifícios destinados aos atletas. Eles afirmaram que os apartamentos tinham falhas nas instalações de água, energia e gás.
"No final, vocês vão ver uma fantástica Vila Olímpica e grandes Jogos. Os brasileiros encantam a todos com sua paixão e alegria de viver, com sua hospitalidade, e isto é o que os atletas estão sentindo, esta vai ser a imagem dos Jogos e a imagem do Brasil"
Antes, no aeroporto, Bach disse que confia que os brasileiros resolverão os problemas pendentes para os Jogos.
"A alguns dias dos Jogos, há sempre um problema ou outro para resolver, e os brasileiro vão resolver. Já é possível sentir o clima de Olimpíada no aeroporto, na cidade e nos sorridentes voluntários. Estamos ansiosos para ter grandes Jogos. Temos confiança no Brasil e de que vão ser Jogos fantásticos", disse Bach.
"A expectativa é alta por causa da paixão dos brasileiros pelos Jogos, pelo alto nível das instalações que vamos ver. O ambiente está ótimo".
| Diego Padgurschi/Folhapress | ||
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| Thomas Bach, presidente do COI, chega ao Brasil para a Olimpíada do Rio |
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador e do COB, foi ao aeroporto do Galeão para recepcionar o dirigente.
Presidente do COI diz que confia que brasileiros resolverão problemas
Bach saiu de Frankfurt e pousou por volta de cinco horas da manhã no Rio.
Os dois ficaram mais de uma hora em área privativa.
Em ato encenado, o presidente do COI passou por uma fila de voluntários, cumprimentando-os um a um e distribuindo broches. Para um deles, disse "desculpe por chegar tão cedo".
Ele ficará hospedado em um hotel da rede Windsor, na Barra da Tijuca, onde homens da Força Nacional já estão posicionados há alguns dias.
Ambos deixaram o aeroporto acompanhados de batedores.
AGENDA
O presidente do COI tem encontro marcado com Eduardo Paes, prefeito do Rio. Eles terão uma reunião a portas fechadas. Depois, farão uma visita na Orla Conde, onde vai ficar exposta uma das piras olímpicas.
VILA OLÍMPICA
O principal problema enfrentado pelas delegações olímpicas no Brasil, entre aqueles a que Bach se referiu de maneira genérica, é a entrega dos apartamentos da Vila Olímpica. Inaugurado no último domingo (24), o complexo que abriga as equipes participantes dos Jogos foi entregue incompleto.
Algumas delegações tiveram de contratar por conta própria mão de obra para realizar acabamentos, desentupir canos e reparar as instalações elétricas dos apartamentos. O Comitê Rio-2016 contratou mais de 500 trabalhadores para o serviço, iniciado no mesmo dia da inauguração do local.
A demanda pela realização das obras era tão grande que desempregados foram à Vila Olímpica para oferecer serviços de reparo nas unidades do complexo.
Delegações esportivas se queixaram das condições em que receberam o alojamento. Além da própria equipe brasileira, EUA, Itália e Holanda custearam reformas nos apartamentos.
Em um dos casos mais graves, a Austrália transferiu seus atletas para alojamento em outro local. O mesmo foi feito pela delegação da Argentina.
Atletas da Belarus, bem como do Japão e também do Quênia demonstraram insatisfação com a maneira com que receberam a Vila Olímpica.
Na segunda-feira (25), o Comitê da Rio-2016 admitiu que metade dos prédios do complexo de residência das equipes não estava pronta. Na terça-feira (26), a organização dos Jogos afirmou que teria 25 do total de 30 prédios da Vila prontos. A previsão é que tudo esteja finalizado até esta quinta-feira (28).