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capital humano
20/03/2006
Violência influencia na obesidade infantil

 

Mariana Gallo
especial para o Site GD

A violência das grandes cidades tem sido um dos fatores que mais influenciam no aumento da obesidade infantil. Segundo um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, as crianças que vivem em centros urbanos, onde é alto o índice de violência, têm quatro vezes mais probabilidade de se tornarem obesas do que as que vivem nas áreas rurais. "A crescente violência faz com que os pais prefiram que as crianças fiquem mais em casa e menos na rua", explica Claudia Cozer, endocrinologista e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

A pesquisa, realizada com 768 menores, revelou que 17% das crianças que moravam nas áreas com maior grau de insegurança estavam acima do peso. E, no grupo em que a percepção de segurança era considerada média, esse índice era de apenas 10%. Já no grupo onde a sensação de violência era baixa, o número de obesos caiu para 4%."Além da violência, essas crianças contam com a tecnologia que faz com que as brincadeiras sejam em casa", alerta.

A médica explica que a violência não é o único fator de obesidade. O fato de as crianças ficarem no videogame e no computador sem praticar atividade física coopera para o problema. "Geralmente as crianças exercem essas atividades comendo alguma coisa, como não praticam exercícios acabam acumulando gordura e provocando a obesidade", explica. O medo da violência não é desculpa para que as crianças fiquem na frente do computador. Segundo a endocrinologista, brincadeiras interativas como barra-manteiga, boneca e mímica podem ser praticadas até mesmo dentro de casa. "Como não podemos combater a violência nas ruas, estimulamos brincadeiras interativas", recomenda. Para ela, é fundamental que os pais limitem os horários dos jogos eletrônicos, da televisão e distraiam as crianças para que elas não comam durante as atividades. "Essas precauções estimulam a criança a fazer exercícios e a comer melhor", acredita.

Além dos problemas de saúde causados pela obesidade - como pressão alta, hipertensão e colesterol alto-, os aparelhos eletrônicos podem levar a criança a ter dificuldade de convívio social. De acordo com a médica, os pequenos obesos têm dificuldade de interagir com seus colegas e, quando maiores, evitam lugares que expõem o corpo, como os clubes ou a piscina do prédio. "A criança obesa quando entra na adolescência quer emagrecer e, nessa busca pelo corpo magro, ela certamente poderá a fazer regime por conta própria, prejudicado sua saúde", alerta a especialista.

A doutora afirma também a família influencia muito na alimentação das crianças, por isso quando tiver que mudar os hábitos alimentares, a família deverá acompanha-la."Não irá adiantar mudar a alimentação das crianças e a família não acompanhar, será mais difícil faze-la mudar os hábitos," finaliza.

   

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