HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS

Envie sua opinião


GD- Jornalismo Comunitário

mais são paulo

Guia de banheiros ajuda paulistano a driblar aperto


Jornalismo Comunitário - Site GD

carta cbn

"Quero levantar a minha indignação quando você fala que tem empregos bons no Brasil. É mentira!"
Ivair Cypriano

"A educação avança a que custo."
Von Norden



 

 

comunidade
05/10/2004
Corpo de contínuo fica 6 h na via

 

O brasileiro João José da Silva, 61, contínuo, paraibano radicado no Rio, teve ontem suas seis horas de notoriedade. Atropelado às 11h30 por um ônibus, seu corpo ficou estendido na avenida Presidente Antônio Carlos, uma das mais movimentadas do centro, até as 17h30.

Ao bater a cabeça no asfalto, João José da Silva morreu imediatamente. A burocracia do serviço público não foi tão ágil.

Fiscais da Companhia de Engenharia de Tráfego avisaram a PM. Soldados repassaram o alerta à 5ª DP. Policiais civis informaram a Defesa Civil, que enviou, por volta das 17h, funcionários da Penha (zona norte) ao centro. A equipe levou dois minutos para guardar o corpo.

"Informamos cedo a delegacia, não sei por que demorou. E estamos com uma viatura presa aqui", queixou-se um PM. "Quem fez a ocorrência não está aqui e não podemos informar a que horas notificamos a Defesa Civil", disse uma policial civil. "A delegacia demorou, só nos avisou por volta das 15h. Aí tem os trâmites burocráticos e a distância da Penha ao centro", justificou o oficial da Defesa Civil.

Contínuo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), João José da Silva certamente conhecia bem as ruas do centro. Talvez por isso tentou a travessia perigosa: correu até o canteiro da Antônio Carlos com o semáforo da avenida Franklin Roosevelt aberto. Um motociclista conseguiu desviar. O motorista do ônibus, não.

João José da Silva morreu atrapalhando o tráfego. Para nenhum carro passar sobre o corpo, o trânsito foi levemente desviado. Antes da hora do pico, já estava tudo normal. João José da Silva não atrapalhou a volta dos cariocas para casa. Ele nasceu 61 anos atrás em Itabaiana, interior da Paraíba. Há uns 40 anos, diz a irmã, Salvínia Severina Conceição, 67, resolveu tentar a sorte no Rio. "Morreu como viveu, trabalhando."

Ele morava no morro do Castro, em Niterói. Não tinha filhos. Deixa viúva Claudete Gomes.

LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S. Paulo

   

NOTÍCIAS ANteriores
04/10/2004 Prefeitos devem criar metas metropolitanas integradas
30/09/2004
Mercado de trabalho tem menos homens
29/09/2004
Governo é contra regularizar mototaxistas
28/09/2004
Pedreiro transforma a própria casa em biblioteca
24/09/2004
Escola estadual coloca câmeras nos banheiros
23/09/2004
Estudo revela homofobia entre jovens
22/09/2004
Escolas públicas vão receber equipamentos apreendidos pela Receita
21/09/2004
Ministro defende aumento do preço do cigarro
20/09/2004
Exigência de estudo no mercado de trabalho surpreende ministério
17/09/2004
Difusão de Biodiesel trará benefícios ao país