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23/09/2004
Estudo revela homofobia entre jovens

 

Os jovens dão valor à fidelidade em relacionamentos amorosos, entre os homens há uma alta intolerância em relação à homossexualidade e, entre as mulheres, a masturbação ainda é tabu para uma parcela significativa.

É o que mostram dados da pesquisa sobre práticas e normas sexuais de jovens brasileiros, do Instituto de Medicina Social da Uerj, apresentada ontem no 14º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, que acaba amanhã em Caxambu (MG). A pesquisa foi feita com 4.634 jovens de 18 a 24 anos de Porto Alegre, Salvador e Rio.

Um dado surpreendente foi 49% dos homens afirmarem que homens que têm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo são "doentes" ou "não têm vergonha". Entre as mulheres, a porcentagem é de 27,5%.

A intolerância é significativa entre os jovens homens em todas as classes sociais. Entre os filhos de mães sem ensino fundamental completo, o índice chega a 60,1%, e, entre os filhos de mães com superior completo, vai a 30,9%.

"O dado assusta porque parece que esses meninos foram educados no Afeganistão e em madrassas [escolas islâmicas tradicionais]", diz Sônia Correa, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, que coordenou a mesa em que o trabalho foi mostrado.

Para a pesquisadora Maria Luiza Heilborn -autora da pesquisa com Cristiane Cabral- esse dado indica que ainda há um efeito grande entre jovens do mito da masculinidade tradicional: "Mesmo nas famílias mais escolarizadas ainda é muito forte entre os homens a ideologia da masculinidade tradicional, que não aceita a homossexualidade."

Apenas 19,5% dos homens disseram que a masturbação masculina é um vício. Entre as mulheres, no entanto, 32,4% concordaram com a mesma afirmação sobre a masturbação feminina e 26,1%, a respeito da masculina.

Eles e elas continuam valorizando a fidelidade. Ao serem questionados se era aceitável na relação fazer sexo com outros, 89% das mulheres disseram que não -79,5% dos homens, também.

Heilborn pondera que eles e elas podem ter definido "relação afetiva" de modos diferentes.


ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo

   

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