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23/08/2004
ONG defende direito de escolha de usuário de drogas

 

Em geral, a imagem do usuário de drogas está associada a alguém que esconde que faz uso de substâncias ilícitas ou que está em tratamento para deixar de usar drogas lícitas ou ilícitas. Para quebrar essa imagem e discutir novas formas de abordagem do tema, foi criada neste ano uma rede nacional de usuários de drogas.

Eles defendem o direito de usar drogas e criticam as linhas de combate ao problema que apontam, exclusivamente, para o abandono dessa prática. Acreditam que as políticas públicas têm que visar também aqueles que não querem parar, mas que podem, ao menos, reduzir possíveis danos.

Repórteres do jornal Folha de S.Paulo entrevistaram o coordenador-geral da rede, Marcílio Cavalcanti, 43. Ex-empresário que perdeu tudo por causa da bebida, ele se recuperou e virou ativista de direitos humanos ao fundar a organização não-governamental Se Liga, de Pernambuco, entidade que tem o apoio do Ministério da Saúde e reúne usuários de álcool e outras drogas do Estado. "Se for usar, não abuse" é um dos slogans das campanhas da Se Liga.

Quando questionado, é enfático: "Nossa proposta é ajudar também pessoas que não querem parar, mas que se dispõem a reduzir os danos desse uso. Trabalhamos na linha da redução de danos. Tentamos convencer, por exemplo, um usuário a não compartilhar uma seringa ou um cachimbo de crack para evitar contaminação. A abordagem é feita também com drogas lícitas. Se uma pessoa bebe uma garrafa de uísque todo dia e não quer parar, mas dirige sempre embriagada, tentamos convencê-la a pegar um táxi", argumenta.

Segundo ele, a droga, por si só, não é boa nem má, depende da relação que o sujeito estabelece com ela. "Os opiáceos, por exemplo, são usados como analgésicos ou por pessoas que querem se entorpecer. É um exemplo de que uma mesma droga que cura pode se transformar num problema para o usuário. Acreditamos que é um direito da pessoa dispor livremente de seu corpo e de sua mente. Eu posso até alertá-la do risco do uso de uma determinada droga, mas não cabe a mim julgar o que é melhor ou não para ela".

   

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