Na sua campanha ao governo estadual,
Marta Suplicy voltou de uma longa viagem internacional, batendo
em José Serra, acusando-o de fazer jogo sujo para desmoralizá-la,
e em Geraldo Alckmin, cujo administração, segundo
ela, seria incompetente. A questão essencial, porém,
é menos o que Marta pensa sobre o PSDB ou quais são
seus planos para melhorar São Paulo, mas se saberá
responder convincentemente a uma questão, se não
souber, terá dificuldade de disputar a indicação
dentro do PT.
A questão é a seguinte: sua gestão deixou
dívidas para seu sucessor, o que se configuraria crime,
de acordo com a lei da responsabilidade fiscal? Serra bate
todos os dias na mesma tecla: Marta gastou muito mais do que
devia e deixou a prefeitura em estado lamentável.
Marta se defende, acusando Serra de inventar informações,
com propósitos eleitorais. Garante que deixou o dinheiro
necessário para que os compromissos fossem saldados.
A questão vai acabar no Ministério Público,
e se Marta não tiver razão sua preocupação
será menos com o processo eleitoral do que o judicial.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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