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REFLEXÃO


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pensata
22/03/2004
O maravilhoso primeiro emprego do PT

A divulgação feita pela Folha de que foi aberta apenas uma – exatamente isso, uma vaga – em todo o programa de "primeiro emprego", o que beira o escárnio, reforça o que se dizia na campanha eleitoral e era apontado como preconceito: Lula não estava preparado para governar. O problema não era a falta de diploma, nem de escolaridade, mas de inexperiência com processos administrativos complexos.

Quando um ministro chama outro de "vagabundo", incomodado com a paralisia governamental, é que se chegou a um clima de fim de governo. O problema não é só de Lula, óbvio: pessoas em cargos estratégicos como José Dirceu, Ricardo Berzoini, Guido Mantega, são passageiros de primeira viagem, chamados a lidar com labirintos administrativos. Para eles, é uma espécie de primeiro emprego, um maravilhoso estágio intensivo em administração pública. Palocci se salva por ter ser sido pelo menos prefeito de uma cidade de porte médio.

Bastou a primeira pancada – o caso Waldomiro – para que todo o comando governo desmontasse, sem saber reagir. Imaginem se tivéssemos passado por uma crise externa, desses que ficamos vulneráveis em escala planetária.

Não significa que eles não possam aprender. Podem, claro, e têm tempo. Mas vão aprender a pilotar sentados na poltrona do comandante do avião. O problema é o tempo que se perde dando voltas desnecessárias.

 

Esta coluna é publicada originalmente na Folha Online, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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