Quanto mais
estudantes matriculados no ensino médio, menores as
taxas de violência e de gravidez precoce - essa associação
está aparecendo no cruzamento de estatísticas
feita pela socióloga Felícia Madeira, responsável
pela Fundação Seade, entidade de pesquisa do
governo de São Paulo. Lá, se atualiza todos
os anos o IVJ (Índice de Vulnerabilidade Juvenil),
criado em 2000.
Ela tem verificado que os índices de homicídios
e a maternidade precoce caem mais rapidamente em lugares da
cidade em que diminui o número absoluto de jovens,
devido a mudanças demográficas, e aumenta a
matrícula especialmente no ensino médio. Felícia
levanta, entre várias hipóteses, a de que o
jovem que se mantém na escola tende a desenvolver uma
perspectiva de vida e, ao mesmo tempo, aprende regras de convivência.
O estudo ainda não está concluído, mas,
segundo ela, uma sugestão é inevitável:
os governantes devem oferecer um pacote de estímulos,
inclusive financeiros, para que o jovem permaneça o
maior tempo possível em sala de aula.
Veja índices de vulnerabilidade
juvenil em São Paulo
Coluna originalmente
publicada na Folha Online, editoria Pensata.
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