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cartão de Natal
07/12/2004
Artesanato cearense conquista Europa

JUAZEIRO DO NORTE (CE) — Os cartões de Natal que surgem das mãos habilidosas de jovens artesãos estão conquistando o mercado europeu. O inusitado do produto é a matéria-prima que reúne tecido, capim, folha e palha de bananeira, além de uma boa dose de concentração. Os garotos não se cansam de trabalhar para atender as encomendas num ritmo acelerado sem perder de vista a qualidade dos cartões.

O presidente da Associação dos Artesãos da Mãe das Dores, Luciano Bezerra da Silva, informou que a produção dos cartões começou no mês de julho. Até agora, já foram enviados 2.500 unidades para a Holanda, que constitui-se no principal mercado, bem como outros 1.500 para França e Bélgica. Outros 400 cartões de Natal tem que ser concluídos até o próximo sábado e o rumo da nova encomenda é a França.

Até o Natal, segundo o presidente da Associação, mais 1.500 cartões deverão ser produzidos e ficarão aqui mesmo no Brasil em estados como São Paulo e Pernambuco. Entretanto, não ficam de fora mercados como Fortaleza, na Central Artesanal (Ceart), e Juazeiro do Norte. Luciano revela que as encomendas mantiveram o mesmo volume do ano passado, mas a intenção é ampliar para o próximo ano.

A entidade que está completando 20 anos de fundação pretende capacitar mais jovens e ampliar a produção de olho no crescimento das exportações a partir da conquista de novos mercados. Atualmente, a associação congrega sete jovens artesãos na faixa etária de 15 a 25 anos. De acordo com o presidente, além do dom para a atividade, a principal exigência é estar freqüentando regularmente a sala de aula.

“Sempre tivemos a preocupação de que os nossos artesãos estejam matriculados em escolas”, diz Luciano, observando que, além de aprender uma atividade, os jovens ganham uma receita financeira. É o caso de Francisco André Ferreira, 18 anos, residente na rua do Horto, em Juazeiro do Norte. À tarde, ele cursa o segundo ano do Ensino Médio no Centro Educacional Moreira de Souza, mas desde os cinco anos que mexe com o artesanato.

A influência veio dos pais que trabalhavam com a palha de carnaúba. Já viúva, ainda hoje sua mãe produz chapéus e camisas de palha para garrafas. “Sempre tive habilidade em criar coisas novas”, comenta André acrescentando que, no caso dos cartões de Natal, exige muita paciência na colagem dos detalhes. Atualmente, ele ganha em torno de meio salário mínimo mensal, mas, nas férias, consegue aumentar o faturamento.

As informações são do Diário do Nordeste.

 
 
 

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