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Faculdade ensina a emprestar dinheiro, não levar calote e ajudar os mais pobres

A Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, ensina como emprestar dinheiro a estudantes sem dinheiro e não levar calote -- e, mais importante, como ajudar pessoas menos favorecidas economicamente a receber educação de altíssima qualidade.

Considerada como uma das melhores escolas de administração do Brasil, a FGV oferece um sistema modelar de bolsas. O estudante só vai pagar o que recebeu quando começar a trabalhar. Está livre, porém, dos juros. Motivo: ex-alunos, muitos deles beneficiados pelo mesmo mecanismo, passaram da condição de devedores a doadores de um fundo de bolsas, depois de prosperarem profissionalmente. Menos de 1% -- mais precisamente 0,4% -- dos empréstimos não foi saldado, devido a problemas insanáveis dos estudantes que não puderem honrar suas dívidas.

Está aí um bom modelo a ser pensando para o ingresso de estudantes nas faculdades, inclusive as públicas. Afinal, um dos temas políticos mais explosivos da nova agenda brasileira é o acesso nas faculdades, hoje uma aspiração popular e condição indispensável para os melhores empregos.

Dificilmente haverá abundantes recursos públicos para o ensino superior. Um dos recursos, em vez de cobrar mensalidades, é dar a bolsa e cobrar nos futuros contracheques. Se não houver como pegar o dinheiro de volta, melhor fechar a faculdade: afinal, ela está produzindo desempregados.

 
 
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