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Alta
do dólar afeta a vida de todo mundo
Quem achou que
não tinha nada a ver com a alta do dólar se enganou.
O aumento da moeda norte-americana influenciou diretamente nos preços
dos produtos brasileiros. Isto significa crescimento da inflação.
A primeira prévia do Índice Geral de Preços
do Mercado (IGP-M) saltou para 0,48%, quase o dobro do 0,27% de
março. A taxa do mês pode chegar a 0,70%. A projeção
inicial para este mês era de 0,40%, com possibilidade de chegar
a 0,50%.
A aceleração dos preços dos produtos agrícolas
e industriais no atacado contribuiu para a alta da primeira prévia.
Segundo os economistas, esse aumento já seria consequência
da alta do dólar. Isto porque passa a valer mais a pena exportar
esses produtos do que colocá-los no mercado interno. A redução
da oferta faz com que os preços aumentem. Com isso, sobe
a inflação.
A Fundação
Getúlio Vargas apontou os vilões da vez: o leite in
natura (4,25%), os ovos (5,47%), os suínos (5,84%), o milho
(3,43%) e o feijão (7,35%). A variação dos
produtos industriais teve como destaques o óleo de soja (5,64%),
as placas de aço (7,22%) e a cerveja (3,26%).
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Para
FGV, inflação já está contaminada pela
alta do dólar
Divulgada ontem
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), no Rio,
a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços
do Mercado) registrou aumento expressivo em relação
à primeira prévia de março.
No mês
passado, a primeira prévia do IGP-M ficou em 0,27%. Este
mês, o mesmo índice alcançou 0,48%. O salto
está sendo creditado pelos especialistas da Fundação
Getúlio Vargas ao recente aumento do valor do dólar
sobre os preços em geral.
Por causa da
elevação do valor da moeda norte-americana, o chefe
do Centro de Estudos de Preços da FGV, Paulo Sidney Cota,
refez sua projeção do IGP-M para o mês.
Sidney Cota
havia estimado a projeção para este mês em 0,40%,
com possibilidade de chegar a 0,50%. Com o aumento do dólar,
o especialista apresentou ontem uma nova projeção:
o IGP-M deverá ficar em torno de 0,70%.
Na avaliação
de Sidney Cota, além da elevação do valor da
moeda dos EUA, contribuiu para a alta da primeira prévia
a aceleração dos preços dos produtos agrícolas
e industriais no atacado.
Essa alta dos
produtos agrícolas e industriais já seria consequência
da alta do dólar, responsável pelo crescimento das
exportações e pela redução da oferta
dos produtos no mercado interno.
No acumulado
do ano, o índice atingiu 1,90%. Nos últimos 12 meses
o IGP-M é de 9,87%.
Entre as primeiras
prévias de março e abril, o IPA (Índice de
Preços no Atacado) registrou elevação de 0,35%
para 0,61%. Mais uma vez, essa elevação é creditada
aos produtos agrícolas - a variação passou
de 1,08% para 1,55%.
Segundo a FGV, os destaques foram o leite in natura (4,25%), os
ovos (5,47%), os suínos (5,84%), o milho (3,43%) e o feijão
(7,35%).
A variação
dos produtos industriais teve como destaques o óleo de soja
(5,64%), as placas de aço (7,22%) e a cerveja (3,26%).
(Folha de S. Paulo)
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