Contrabando
de cigarros dá prejuízo ao país Se
o produto oficial já causa danos para a saúde e o bolso do consumidor,
o cigarro contrabandeado do Paraguai e Uruguai causa danos aos cofres públicos
no montante de R$ 1,2 bilhão por ano, sem contar o que é sonegado
em Imposto de Renda e em tributos estaduais. Cerca
de 90% do que é produzido nos dois países vai para o Brasil, na
maioria das vezes de maneira ilegal. A maior vantagem é o preço:
a carga tributária brasileira em cima do produto é de 70%, enquanto
nos outros países é de 13%. Isso faz com que o cigarro brasileiro
mais barato custe um real, contra o paraguaio custa R$ 0,30. ''Os
gastos do governo na área de saúde para atender os fumantes têm
aumentado'', afirmou Jorge Rachid, secretário-adjunto da Receita Federal.
Segundo ele, o produto falsificado é mais prejudicial à saúde
do que o cigarro produzido legalmente. Desde 1998, o governo vem adotando medidas
para reduzir o contrabando, mas, ainda segundo Rachid, as penas impostas aos contrabandistas
e falsificadores ainda são brandas. (Jornal
do Brasil) Leia
mais A
indústria do fumo em números
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Receita
adverte: cigarro dá prejuízo
O
governo federal perde, por ano, R$ 1,2 bilhão por causa do contrabando
de cigarros somente com IPI e PIS/Cofins que deixam de ser arrecadados, sem contar
o que é sonegado em Imposto de Renda e em tributos estaduais. ''Há
uma preocupação mundial com a evasão no setor'', disse ontem
Jorge Rachid, secretário-adjunto da Receita Federal. Segundo ele, a sonegação
na indústria de cigarros, que movimenta bilhões de dólares,
supera 30% no mundo. No Brasil, o setor fatura R$ 6 bilhões por ano e recolhe
R$ 2,4 bilhões em impostos federais. Na
próxima semana, especialistas de diversos países reúnem-se,
em Brasília, para discutir formas de combater o contrabando de cigarros.
Mas a Receita Federal já elegeu seus maiores inimigos: Paraguai e Uruguai,
que mandam 90% de sua produção ilegalmente para o Brasil. Segundo
Rachid, os dois países produzem 56 bilhões de unidades de cigarros
por ano, mas só consomem sete bilhões. O restante é exportado,
mas a maior parte entra no Brasil pelas mãos dos contrabandistas. ''As
penas impostas aos contrabandistas e falsificadores ainda são brandas'',
explicou Rachid. O contrabando é alimentado pela grande diferença
de tributação entre Brasil, Paraguai e Uruguai: enquanto o Brasil
cobra 70% somente em impostos federais, a carga tributária nos dois países
vizinhos é de 13%. Com isso, o cigarro mais barato fabricado no Brasil
custa R$ 1 e o paraguaio, R$ 0,30. Além da perda de arrecadação,
o produto contrabandeado ou falsificado prejudica a indústria nacional,
que perde competitividade, e a saúde dos usuários. ''Os
gastos do governo na área de saúde para atender os fumantes têm
aumentado'', afirmou Rachid. Segundo ele, o produto falsificado é mais
prejudicial à saúde do que o cigarro produzido legalmente. Desde
1998, o governo vem adotando medidas para reduzir o contrabando: a Receita descobriu
vários esquemas de exportação fictícia de cigarros
e resolveu sobretaxar essas operações em 150%. As empresas, para
não pagar impostos, declaravam que exportavam sua produção,
mas a carga não saía do país. Com
a sobretaxa, 11 das 13 indústrias de cigarros instaladas no Brasil montaram
filiais no Paraguai, que tinha apenas duas fábricas em 1995. Hoje, há
22 e outras sete em instalação no país vizinho. Elas importam
o fumo do Brasil, fabricam o cigarro e vendem no mercado brasileiro, apesar de
a importação do produto ser proibida pelo governo brasileiro. O
Brasil sobretaxou também as exportações das matérias
primas para o Paraguai e Uruguai. Mesmo assim, as exportações de
fumo aumentaram de 12,3 mil toneladas para 20,8 mil toneladas de 1998 para 2000.
As vendas de papel de cigarro para ambos países subiram de 870 toneladas
para 1,2 mil toneladas. Por
determinação da Receita, os cigarros paraguaios e uruguaios não
podem ser vendidos no Brasil. Neste ano, já foram queimados 46 milhões
de maços e outros 40 milhões apreendidos estão nos depósitos
da Receita. Somente com a colaboração dos países vizinhos
será possível resolver o problema, afirmou o secretário.
A intenção do governo, com o ''Seminário Internacional sobre
Fraudes no Setor de Cigarros'', é chamar a atenção para o
problema e colocar a questão em discussão no Mercosul. (Folha
de S.Paulo)
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A
indústria do fumo em números Faturamento
- R$ 6 bilhões por ano Arrecadação
de IPI e PIS/Cofins - R$ 2,4 bilhões Perda
em tributos federais com as irregularidades - R$ 1,2 bilhão por ano Formas
de burlar a Receita: - Até 1998, as empresas faziam operações
fictícias de exportação para fugir da elevada carga tributária,
superior a 70%. Ao fazer a declaração de exportação,
a indústria se livrava dos impostos, mas vendia o produto no mercado interno.
- Com a imposição
de imposto de 150% sobre as exportações, 11 das 13 indústrias
brasileiras montaram filiais no Paraguai. -
Número de indústrias de cigarros no Paraguai saltou de duas, em
1995, para 22 atualmente e outras sete estão em instalação.
- Uruguai e Paraguai
produzem, por ano, 56 milhões de unidades de cigarros e só consomem
oito mil. Boa parte da produção entra ilegalmente no Brasil. -
A Receita Federal já queimou 46 milhões de cigarros neste ano e
outra quantia igual apreendida está nos depósitos No
ano passado, empresas do setor foram multadas em R$ 950 milhões. (Jornal
do Brasil)
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