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Dia 16.04.01

 

 

Contratação de executivos tem baixa

Levantamento da consultoria de recursos humanos Laerte Cordeiro indica queda de 20% na oferta de trabalho para executivos de alto escalão no primeiro trimestre deste ano, comparando ao mesmo período de 2000.

A baixa é reflexo da insegurança com relação à economia mundial, principalmente depois da desaceleração nos Estados Unidos e da crise argentina.

A grande diferença em comparação ao ano passado explica-se pelo fim da febre nas pontocom, que diminuíram a procura por executivos nos primeiros meses de 2000. O mercado aposta que telecomunicações e energia serão responsáveis por um novo aumento na demanda por gerentes e diretores em 2001.

O período conturbado favorece cargos de média gerência, especialmente aqueles ligados a vendas e marketing, áreas que lidam com o dia-a-dia das empresas.

(Gazeta Mercantil)


Pé no freio na contratação de executivos

As incertezas em relação às economias dos Estados Unidos e da Argentina, somadas à retração de setores como o de internet, levaram as empresas brasileiras a colocar o pé no freio na contratação de executivos. Levantamento da consultoria de recursos humanos Laerte Cordeiro indica queda de 20% na oferta de trabalho para gerência e diretoria no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2000.

'As subsidiárias das multinacionais vivem um momento de apreensão por conta da fase turbulenta por que passam as suas matrizes', diz Denys Monteiro, da Financial Executive Search Associates, especializada na contratação de profissionais de finanças. Na consultoria, a queda na procura por executivos também chegou aos 20%.

A mesma retração foi observada na caçadora de talentos Russell Reynolds. 'Os negócios não chegaram a ser cancelados, mas adiados', diz Jacques Sarfatti. O tempo de resposta da empresa para preencher uma vaga aumentou - as companhias temem os efeitos do mercado mundial nas suas operações.

A efervescência causada pelas pontocom na contratação de profissionais nos primeiros meses de 2000 não se repetiu este ano. A procura por talentos em telecomunicações e energia tem suprido em parte essa carência, e é a aposta dos headhunters para que o mercado retome o crescimento.

Sinal amarelo na contratação de executivos

O mercado de trabalho brasileiro para o alto escalão sente os efeitos do desaquecimento global da economia. Com a enxurrada de demissões, a alta do dólar, a crise argentina e a desaceleração do consumo nos Estados Unidos, multinacionais e empresas brasileiras colocaram o pé no freio nas contratações durante o primeiro trimestre de 2001, por temer o efeito dessas oscilações nos seus negócios. Segundo levantamento da consultoria de recursos humanos Laerte Cordeiro, a oferta de emprego para gerência e diretoria caiu 20% de janeiro a março deste ano, em comparação com o primeiro trimestre de 2000.

O mesmo número é confirmado em pelo menos duas grandes empresas de headhunting que têm atuação nacional: a FESA e a Russell Reynolds. 'As subsidiárias das multinacionais vivem um momento de total apreensão por conta da fase turbulenta que passam as suas matrizes', diz Denys Monteiro, vice-presidente e sócio da FESA, especializada na seleção de executivos para o mercado financeiro. 'Enquanto não houver definição na economia norte-americana, a situação vai permanecer instável'. Monteiro afirma que, no final de abril, já será possível prever como irão se comportar as contratações de executivos seniores neste segundo trimestre.

Houve um forte movimento de procura por profissionais para o alto escalão nos últimos meses do ano e também em janeiro, segundo Jacques Sarfatti, headhunter da Russell Reynolds. Isso por conta das vagas disponíveis em companhias de tecnologia, especialmente telecomunicações. Mas em fevereiro e em março a contratação ficou comprometida. 'Os negócios não foram cancelados, mas adiados', diz Sarfatti. Na prática, significa que o tempo de resposta da empresa para preencher uma vaga aumentou.

'Houve mais propostas e menos autorização', diz Winston Pegler, headhunter da Ray & Berndtson. Pegler, no entanto, faz questão de afirmar que, apesar da desaceleração do mercado, nenhuma vaga chegou a ser cancelada no primeiro trimestre. 'As empresas definiram o perfil do candidato com a consultoria de headhunting, mas não deram o sinal verde para começar a procura.'

Para ele, muitas empresas estão postergando a decisão de contratar porque encontram-se numa fase de adequação a novos modelos de negócios. 'As companhias estão preparando suas operações para integrá-las às novas tecnologias, a ponto de não haver mais diferenciação, dentro da empresa, entre o que é nova e velha economia', afirma. 'Mas, a partir do segundo trimestre, com a situação econômica mundial mais estável e definida, boa parte das decisões não poderá mais ser adiada', diz Pegler. E isso envolve contratação de pessoal especializado, em cargos estratégicos.

Assim como Pegler, Leonel Mendonça, da Nicholson International (NI), confirma o recuo e acredita numa retomada a partir deste trimestre. Para ele, a desaceleração foi mais evidente nos contratos para as posições seniores, por conta do menor número de empresas começando seus negócios no Brasil. 'E a situação da economia nos Estados Unidos deixou muitas subsidiárias de empresas norte-americanas congeladas, mais seletivas e menos dispostas a investir em pesadas remunerações.' Além disso, afirma, o cenário deste ano não conta com a efervescência que a internet apresentava no começo do ano 2000.

A maior parte dos caçadores de talento contabilizou a falta que o mundo virtual fez na procura por novas vagas. O setor de telecomunicações tem cobrido em parte esse 'buraco', enquanto outras áreas despontam como substitutas. 'Há uma demanda crescente por parte das empresas ligadas ao mercado de energia, como resultado das privatizações no setor', diz Jacques Sarfatti. Já para Guilherme Velloso, da PMC Amrop Hever, o efeito internet seguiu na contramão do mercado. 'Nosso primeiro trimestre de 2000, por exemplo, foi fraco', diz o headhunter, que decidiu não se enveredar na febre de contratações para o mundo virtual. Já esse ano, garante Velloso, a procura se mostra bem melhor.

Entre os destaques de um período conturbado, os cargos de média gerência, principalmente ligados à área de vendas e marketing, despontaram no mercado de trabalho. 'Quando o mercado está retraído, as empresas buscam estratégias para ganhar espaço no dia-a-dia, por meio das vendas especializadas', diz Denys Monteiro. 'Na FESA, a oferta para recolocação de profissionais com rendimentos mensais entre R$ 8 mil e R$ 12 mil cresceu em pelo menos 20%, se comparado aos primeiros meses do ano passado'.

Uma nova prática adotada pelas multinacionais que iniciam operações no Brasil é a contratação apenas do diretor comercial, em vez da contratação do 'country manager' (diretor geral) e seus subordinados. 'O quadro de funcionários das novas múltis está bem mais enxuto, por isso elas escolhem somente um profissional que, no futuro, poderá exercer a função de primeiro homem da companhia', diz Monteiro. 'Quando as atividades estiverem, de fato, a pleno vapor, as outras vagas serão preenchidas'.

Para Rudolf Mayer-Singule, da Spencer Stuart, o mercado de contratação de executivos, tanto para posições de média gerência quanto para cargos mais altos, não chegou a ser ruim, mas empolgou pouco. Segundo ele, a situação neste começo de 2001 é diferente da dos primeiros meses do ano passado. 'No mesmo período de 2000 havia, por exemplo, o boom provocado pela internet. Hoje, isso não existe mais', diz. Para Mayer-Singule, a crise nos Estados Unidos mexe com o mercado brasileiro, mas à distância. 'Muitas empresas enxugam por lá, mas mantêm suas posições no Brasil.'

Marcelo Mariaca, da Mariaca & Associados, já sentiu clientes preocupados com a economia norte-americana, especialmente, com a bolsa de valores e a crise argentina. 'Mesmo assim, é preciso lembrar que o Brasil está no terceiro ano consecutivo de investimentos', diz. 'Para as empresas, isso requer talentos.'

A consultoria DDI - presente em 22 países, com clientes do porte de Coca-Cola, General Motors e Pfizer - não está descontente com a desaceleração do mercado mundial, mesmo o sinal de alerta dado no Brasil, segundo o diretor geral da DDI no Brasil, Ramon Fontaine. A empresa, que começou suas operações no País esse ano, com a oferta de tecnologia de ponta para seleção profissional, aguarda progressos. 'Quanto maiores os cortes nas empresas e o número de candidatos no mercado, mais intensa deve ser a procura pelos melhores.'

(Gazeta Mercantil)

 

 
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