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Dia 12.04.01

 

 

Capacitação possibilita empregos a jovens de baixa renda

Com oito mil cursos nos últimos quatro anos, o Programa Capacitação Solidária permitiu que 102 mil jovens de baixa renda - 60% dos alunos participantes - conseguissem emprego.

O Capacitação Solidária, que integra o Programa Comunidade Solidária, desenvolve projetos de qualificação profissional através de entidades não-governamentais, utilizando recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O envolvimento de entidades locais possibilita um enfoque nas necessidades específicas de cada região, como a fabricação de jangadas ou a criação de ostras. Além dos conhecimentos técnicos, os cursos procuram trabalhar auto-estima, sociabilidade e habilidades de comunicação.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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Programa capacita 102 mil jovens

Em apenas quatro anos, 102 mil jovens brasileiros de baixa renda e qualificação ganharam uma profissão graças ao Programa Capacitação Solidária, ligado à Comunidade Solidária. A maioria tem entre 16 e 21 anos, renda inferior a três salários mínimos e vive nas periferias das regiões metropolitanas. Cerca de 60% deles conseguiram emprego após o término do curso.

O programa já promoveu mais de 3 mil cursos em centenas de áreas, que passam pelas artes cênicas, a produção de pizzas, o cultivo de bonsais (árvores em miniatura), a hotelaria ou o telemarketing. Em muitos casos, os temas buscam atender necessidades locais, como a fabricação de jangadas ou a criação de ostras.

Com duração média de seis meses, os cursos são promovidos por 1.800 entidades não-governamentais, como associações de bairro, cooperativas e sindicatos. O programa lança editais para promoção de concursos públicos para a seleção de novos parceiros.

O Capacitação Solidária é um dos muitos conselhos que integram o Programa Comunidade Solidária, concebido pela primeira-dama Ruth Cardoso. Outras vertentes do projeto promovem a alfabetização de adultos (1 milhão de beneficiários até agora), levam universitários a regiões miseráveis ou difundem a prática do artesanato no Norte/Nordeste. Todos funcionam como organizações sociais autônomas, sem fins lucrativos nem dotação orçamentária. Sua ligação com o governo federal é indireta. O conselho do Capacitação Solidária, por exemplo, é composto por representantes de alguns ministérios e da sociedade civil. A captação também é independente, como em outras entidades não-governamentais. Hoje, a maior parte dos recursos empregados na educação de jovens vem do Banco interamericano de Desenvolvimento (BID), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao todo, o programa repassou R$ 113,5 milhões até o fim do ano passado.

'Quando começamos, havia raríssimos cursos de formação para jovens sem o 1º grau completo', conta Célia de Ávila, coordenadora nacional do programa. Administradora pela Fundação Getúlio Vargas e economista pela Universidade de São Paulo, Célia resume seu desafio citando Ruth Cardoso. Para ela, diz Célia, o segredo da gestão social é uma mistura de gestão e bom senso.

Na verdade, o segredo do Capacitação Solidária está na terceirização dos serviços e na centralização da captação e da supervisão. O programa retém 8% dos recursos que arrecada. O restante é repassado para as organizações capacitadoras. Do que recebem, elas guardam 10% para gastos administrativos. Outros 20% vão para as bolsas-auxílio pagas aos estudantes - cerca de R$ 50 mensais por jovem. Os 70% restantes vão para o pagamento de professores, compra de uniformes e material didático, alimentação e transporte dos alunos. Eventualmente, também bancam um seguro de vida para alunos que exercem atividades com algum risco.

Em média, a hora/aula custa, para o Capacitação Solidária, R$ 1,80. Segundo Célia de Ávila, é menos do que gasta, para obtenção de resultado semelhante, o FAT, ligado ao Ministério do Trabalho, ou o Sistema S (Senac, Senai). 'O FAT, por exemplo, paga R$ 2 a hora/aula, mas esse valor não inclui bolsa-auxílio'.

Uma série de pesquisas realizadas com ex-alunos e entidades que promovem a capacitação indica que os cursos de fato mudam a vida dos jovens. Um dos levantamentos mostra que cerca da metade afirma que aumentou sua vontade de estudar, melhorou seu desempenho escolar e tem vontade de fazer novos cursos. Em 56% dos casos, os entrevistados falam em uma redução da agressividade. Célia diz que o programa Capacitação Solidária não se limita a passar conhecimentos técnicos. 'Trabalhamos sua auto-estima, sociabilidade, habilidade em falar ou buscar emprego', diz.

O programa também treina gestores sociais das suas entidades-parceiras. Até o fim do ano passado, promoveu seminários para 4.149 pessoas vindas de 19 estados, que aprenderam a elaborar projetos, administrar o pessoal ou buscar recursos. Cerca de 79% dos beneficiários trabalham em entidades não-governamentais e o restante se divide entre órgãos de governos municipais e estaduais, funcionários do Sistema S, universidades e sindicatos.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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