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Democratização
digital ajuda a gerar emprego
O editorial
da Folha de S.Paulo desta segunda-feira aponta para a necessidade
de políticas públicas para democratizar o acesso às
novas tecnologias. A idéia é minimizar os efeitos
negativos das inovações tecnológicas, como
a destruição de empregos.
Nesse sentido,
é preciso disseminar o acesso ao conhecimento e às
tecnologias, desenvolvendo programas e conteúdos adequados
às características e necessidades locais.
São essenciais
políticas oficiais de fomento, fundos de apoio ao desenvolvimento
e à difusão de novas tecnologias, programas de alfabetização
digital e de aprofundamento do governo eletrônico.
(Folha
de S.Paulo - Editorial)
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Internet
de ricos
Felizmente,
o governo brasileiro tem acordado para os imperativos de uma política
industrial para as novas tecnologias. Mas falta completar o esforço
com uma ampla e profunda política social.
É mais usual falar de política social quando se trata
de saúde, desemprego, renda mínima ou segurança.
No entanto, as novas tecnologias exigem políticas sociais
não só para alcançar eficiência, mas
para que se tornem viáveis politicamente.
Esse é o sentido da Carta de Florianópolis, divulgada
na semana passada em simpósio organizado pela Cepal, pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo governo de
Santa Catarina. O documento é uma contribuição
brasileira à Reunião do Milênio do Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social da ONU (Ecosoc), que
se realizará em Nova York, no início de agosto.
A sociedade do conhecimento e as tecnologias da informação
ganham mais sentido quando alcançam todas as camadas. Essa
capilaridade dá escala aos investimentos. Quanto maior a
base instalada de celulares, computadores e usuários da Internet,
menor a dependência tecnológica de um país,
pois mais interessante se torna o desenvolvimento de tecnologias
e de conteúdos adequados às características
e carências locais.
São também notórios os efeitos das novas tecnologias
na destruição de empregos, empresas e mesmo setores
econômicos. Tornam-se necessárias políticas
de fomento, fundos de apoio ao desenvolvimento e à difusão
de novas tecnologias, programas de alfabetização digital
e de aprofundamento do governo eletrônico com o objetivo maior
de compensar ao máximo, ainda que parcialmente, os efeitos
negativos da inovação tecnológica.
A Internet expandiu-se de modo espetacular nos últimos anos,
mas, apesar desse dinamismo, atinge ainda uma elite. Nos EUA, 23,8%
da população está conectada à Internet.
No mundo, a inclusão digital não alcança mais
que 5% da população, segundo a ONU. Alemanha, Reino
Unido, Itália, França, Holanda, Espanha, Canadá
e EUA concentram 89% dos internautas do mundo.
Uma decorrência imediata desse estado de coisas é a
proliferação de conteúdos na rede que, supostamente
globais, a rigor refletem muito mais as condições
sociais, políticas e tecnológicas do Primeiro Mundo
que as carências e a cultura dos países em desenvolvimento.
(Folha de
S.Paulo - Editorial)
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