Montadoras
anunciam demissões e queda na produção
As principais
montadoras instaladas no Brasil anunciaram como irão enfrentar
o corte de encomendas no mercado doméstico e nos Estados
Unidos: demissão voluntária e férias coletivas.
A General Motors
concederá férias coletivas nas plantas de São
José dos Campos e São Caetano do Sul, ambas em São
Paulo, "com o objetivo de adequar sua produção
à demanda de mercado". As paradas de produção
começam dia 15 de outubro e durarão duas semanas.
A Volkswagen
vai cortar o número de empregos na fábrica de São
Bernardo do Campo por meio de um programa de demissão voluntária,
que estará em vigor por todo o mês de outubro. A empresa
ainda não conseguiu acertar com as lideranças dos
trabalhadores seu projeto de férias coletivas programadas
para outubro.
O grupo DaimlerCrysler
também lançou um plano similar aos 186 empregados
da sua fábrica de Campo Largo (PR), depois do anúncio
de encerramento das operações industriais no Brasil.
Além das pendências trabalhistas, a Chrysler ainda
terá que pagar R$ 110 milhões ao governo do Paraná
referentes a benefícios fiscais recebidos para a instalação
da fábrica.
(Gazeta Mercantil)
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GM
terá férias coletivas em outubro
A General Motors do Brasil anunciou ontem a decisão de conceder
férias coletivas nas plantas de São José dos
Campos e São Caetano do Sul, ambas em São Paulo, 'com
o objetivo de adequar sua produção à demanda
do mercado''. As paradas na linha de produção, em
todos os casos, começam em 15 de outubro.
Em São
José dos Campos, as linhas de caminhões GMC, picape
S10 e o utilitário Blazer ficarão paradas até
4 de novembro. Já a montagem dos modelos Corsa e Zafira será
interrompida até 28 de outubro, mas apenas em um dos dois
turnos de produção. Em São Caetano do Sul,
responsável pelos modelos Vectra, Astra e Corsa, além
das férias coletivas, de 15 a 28 de outubro, a produção
será suspensa em duas segundas-feiras, 1º e 8 de outubro.
É a primeira
vez no ano que a GM anuncia medidas continuadas de corte de produção.
Entre julho e setembro, para driblar a retração na
demanda, cortou expedientes produtivos às sextas-feiras,
num total de dez dias, em São José e em São
Caetano.
A montadora
não revela qual o estoque de veículos prontos que
mantém nas fábricas. Nas concessionárias, segundo
uma fonte da rede, havia ontem 29 mil unidades, volume equivalente
a um mês de vendas da marca, terceira colocada no ranking
entre janeiro e agosto, com 22,5% de participação.
A líder
Volkswagen, que detém 27,5% do mercado, e a vice, Fiat, com
26,5%, também apelaram para férias coletivas e paradas
técnicas para reduzir estoques.
No caso da GM,
a única linha de montagem imune à crise é Gravataí
(RS), que vai manter o ritmo de produção de mais de
400 veículos Celta por dia até o final de 2001. A
estimativa mantém a programação apresentada
no meio do ano. Em janeiro, a unidade produzia 260 automóveis
diariamente. 'Não reduziremos a produção porque
há boa aceitação do Celta', diz o diretor da
fábrica, Roberto Tinoco. Neste ano sairão de Gravataí
cerca de 90 mil automóveis. Em outubro, a unidade montará
o Celta de número 100 mil, 16 meses depois de iniciada a
produção comercial. Em breve, começará
a produção do Celta cinco portas.
Cerca de 75%
das vendas do carro são efetuadas pela internet, a partir
de um computador na casa do consumidor ou em quiosques instalados
em concessionárias. Na web, o modelo básico do Celta
custa R$ 13.990. O prazo de entrega varia entre cinco e 10 dias
na compra on-line. Como o custo do frete está incluído,
o veículo é vendido pelo mesmo preço em todo
o País.
Lentamente,
a fábrica prepara a exportação do Celta. Um
lote de teste com 80 carros foi enviado em agosto para o Uruguai.
Para o Paraguai foram 50 automóveis. 'Os carros estão
sendo avaliados pelos consumidores', diz Tinoco. Ontem estavam em
visita à fabrica em Gravataí empresários da
América Central interessados em importar o Celta.
(Gazeta Mercantl)
Demissão voluntária na Chrysler
e na Volks
Curitiba e São Paulo, 26 de setembro de 2001 - O grupo DaimlerChrysler
lançou Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos
186 empregados da sua fábrica de Campo Largo (PR), depois
do anúncio de encerramento da operações industriais
com a marca Chrysler no Brasil. Os funcionários têm
de hoje até segunda-feira para escolher entre o PDV e a demissão
sem justa causa. Com o plano, além das verbas rescisórias
formais, o trabalhador receberá um valor equivalente a três
meses de salário. O limite mínimo é de R$ 3
mil.
O PDV prevê
ainda a oferta ao empregado de três meses de assistência
médica gratuita nas mesmas condições em vigor
no contrato de trabalho. Se escolher a demissão, o empregado
poderá contestar na Justiça os benefícios pagos.
Além das pendências trabalhistas, a Chrysler ainda
terá que pagar R$ 110 milhões ao governo do Paraná
referentes a benefícios fiscais recebidos para a instalação
da fábrica.
O período
de incertezas na economia mundial pode estar facilitando o anúncio
de outros ajustes. A Volkswagen do Brasil também decidiu
realizar durante todo mês de outubro PDV destinado aos 16
mil funcionários da sua unidade matriz de São Bernardo
do Campo (SP), que iniciará nova linha de produção
em 2002. A empresa informa que, além de todos benefícios
trabalhistas normais, o plano oferece incentivos extras como o pagamento
de 40% do salário por ano trabalhado e a manutenção
do plano de saúde por três meses ou opção
de receber R$ 375.
Paralelamente,
a Volks inicia amplo programa de estágios na mesma unidade.
As férias coletivas previstas pela empresa também
para começarem na próxima semana ainda não
têm prazo de duração definido.
(Gazeta Mercantl)
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