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Dia 20.09.01

 

 

Mais de 20 mil aidéticos estão desempregados em SP

Mais de 20 mil aidéticos estão desempregados no estado de São Paulo. Isto representa mais da metade daqueles que tomam o coquetel contra a doença. Esses pacientes estão mais ameaçados pela subsistência do que pelos efeitos do vírus HIV. A queixa do emprego indica que os pacientes estão suficientemente bem para trabalhar. Mas mostra a permanência do preconceito em relação aos doentes e o avanço da epidemia entre os mais pobres.

A pobreza tem sido o principal aliado da doença. E isto que São Paulo foi o primeiro estado a tomar providências quanto a doença. Ainda em 1983, o estado criou o primeiro programa de prevenção e combate à Aids da América Latina. Em São Paulo estão quase metade das cerca de 500 Organizações Não-Governamentais (ONGs) que trabalham com Aids no país.

O Estado garante medicamento a todos e as ONGs continuam atuando quase sozinhas quando se trata da prevenção. O desafio agora está em integrar as ações de prevenção dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e dentro dos orçamentos municipais e estaduais, já que terminaram os projetos que contavam com dinheiro de fora e do governo federal.

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Maioria dos que tomam coquetel está sem emprego

Mais da metade dos cerca de 40 mil pacientes com Aids que tomam o coquetel no Estado de São Paulo vivem desempregados. Estão mais ameaçados pela subsistência do que pelos efeitos do vírus HIV. A pobreza tem sido o principal aliado da doença.

Os números e as constatações surgiram no encontro sobre os 20 anos de combate à Aids no Estado de São Paulo promovido na última segunda-feira pela Folha e pelo Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids) de São Paulo.

A questão do desemprego é reveladora dos avanços, retrocessos e desafios contabilizados em duas décadas de epidemia. A queixa do emprego indica que os pacientes estão suficientemente bem para trabalhar. Mas indica a permanência do preconceito em relação aos doentes e o avanço da epidemia entre os mais pobres.

"E isso no Estado que criou, ainda em 1983, o primeiro programa de prevenção e combate à Aids da América Latina", disse Arthur Kalichman, coordenador do programa de Aids do Estado de São Paulo. Este também é o Estado onde estão quase metade das cerca de 500 ONGs que trabalham com Aids no país.

Vistas pelo ângulo das conquistas, as duas décadas estão repletas de marcos: em 1985, a criação da primeira ONG-Aids (o Gapa São Paulo), a chegada do AZT, em 89, o caso Sheila, em 93, que abriu os debates sobre o preconceito nas escolas, o acesso ao coquetel de medicamentos, em 1997, e a briga pela quebra de patentes, neste ano. "As ONGs tiveram presentes em todos os momentos", disse Rubens de Oliveira Duda, presidente do Fórum de ONGs-Aids do Estado de São Paulo.

Enquanto o Estado assumiu o tratamento da doença - garantindo medicamento a todos -, as ONGs continuam atuando quase sozinhas quando se trata da prevenção. Com o final dos projetos que contavam com dinheiro de fora e do governo federal, o desafio agora está em integrar as ações de prevenção dentro do SUS e dentro dos orçamentos municipais e estaduais. "Mesmo o que está garantido por lei, como a assistência, ainda sofre abalos e necessita de uma vigilância constante das ONGs", disse José Carlos da Silva, secretário-geral do Gapa.

No caso de São Paulo, os participantes quiseram saber quando a prefeitura vai fazer sua parte. Fábio Mesquita, coordenador do programa municipal de Aids, disse que a implantação do PAS (Plano de Assistência à Saúde) paralisou as ações na cidade onde estão 22% dos 210 mil casos de Aids no país. Mesquita afirmou que a Aids é uma prioridade do PT e enumerou algumas das questões prioritárias. Entre elas o equilíbrio nos gastos entre prevenção e assistência, a "sustentabilidade das ações", a integração com o SUS (Sistema Único de Saúde) e ampliação da luta pelos direitos humanos.


(Folha de S. Paulo)

 

 
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