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Legislação
estimula a criação de sindicatos
O sindicalismo
brasileiro está em franca expansão. De 1998 para cá
foram criadas, em média, 562 entidades, por ano, no país.
E, a cada ano, o número de pedidos de registro sindical no
Ministério do Trabalho (MTB) aumenta. Em 2001, foram encaminhadas
1.140 entradas; em 2000, tinha sido 835. Longe de ser um dado bom,
ele atesta a facilidade, incentivada até pela legislação
trabalhista, de se abrir sindicatos mínimos, com baixíssima
representatividade. A dinâmica do setor de serviços
e o desconto da contribuição sindical compulsória
são considerados pelo ministério como os principais
estímulos.
Mas a vida não
é tão fácil para aqueles que pretendem abrir
sindicatos, favorecidos pela lei. Isso porque se, por um lado, o
número de pedidos de registro sindical é alto, o de
impugnações também se mantém elevado.
No ano passado, foram abertos 694 sindicatos no país, entre
trabalhistas e patronais. Em 2000, haviam sido criadas 587 entidades;
em 1999, 413 e, um ano antes, 556. Em contrapartida, em 2001, foram
recusados 441 pedidos pelo MTB, que deram entrada naquele ano ou
antes. Em 2000, o ministério não aceitou o registro
de 437 sindicatos e, em 1999, de 480.
Tal como a criação
de sindicatos e centrais sindicais, o movimento de filiação
foi intenso no ano passado. Apesar de ter se intensificado um troca-troca
entre elas, prevaleceu a adesão de associações
antes independentes. A disputa política entre as quatro entidades,
porém, tem sido responsável por dados superestimados
do número de trabalhadores representados e de sindicalizados.
Elas afirmam representar, juntas, 47,5 milhões de trabalhadores,
sendo que a CUT responde por quase metade deles. Mas é bom
lembrar que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2000, os empregos formais somavam 25,8 milhões.
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