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Turbulência
externa freia crescimento brasileiro
A turbulência
das últimas semanas no mercado financeiro ameaça interromper
a recuperação econômica do país, depois
de um começo de ano com sinais de crescimento pífios.
Os economistas ainda não acreditam que haverá retração
da atividade econômica este ano, mas já prevêem
uma expansão bem mais modesta do que a inicialmente projetada.
Enquanto em
março os analistas estimavam, em média, que o país
cresceria 2,42% em 2002, na semana retrasada a previsão já
era de expansão de apenas 2,2%, segundo o relatório
"Focus", pesquisa semanal do Banco Central. O próprio
presidente do BC, Armínio Fraga, já falou, recentemente,
em crescimento de 1,5% a 2%.
O fato é
que os primeiros números do mês de junho comprovam
as projeções mais pessimistas: o índice de
confiança do consumidor, calculado pela Federação
do Comércio do Estado de São Paulo (Fcesp), caiu 12,31%.
É o pior resultado do ano, chegando a patamares de outubro
do ano passado, logo após a crise financeira que se seguiu
aos atentados terroristas aos Estados Unidos.
Se, por um lado,
a atual turbulência nos mercados afetou a disposição
para o consumo (antecipando vendas menores no comércio e
na indústria), também tornou mais caro o crédito
à produção. Com a forte alta do dólar
e a crise de confiança no mercado, as taxas futuras de juros
de longo prazo, referência parar os financiamentos às
empresas, simplesmente dispararam. Nos contratos de 12 meses, os
juros pularam de 20%, em maio para até 31%, em 21 de junho.
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