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saúde
04/02/2005
Álcool causa tantas mortes quanto fumo, diz pesquisa

Um grupo internacional de cientistas afirmou que o álcool causa tantas mortes e doenças quanto o cigarro. O estudo foi publicado nesta sexta-feira na revista médica The Lancet.

Segundo o estudo, os únicos fatores que causam mais danos à saúde do que álcool e cigarro são a obesidade e o sexo sem proteção.

Os pesquisadores descobriram que cerca de 4% das contas destinadas à saúde em todo o mundo são dedicadas ao tratamento de doenças relacionadas ao álcool, comparados aos 4,1% de doenças relacionados ao tabaco e 4% relacionados à pressão alta.

Como o álcool está ligado a mais de 60 doenças diferentes, os cientistas que fizeram a pesquisa estão agora fazendo um apelo por medidas internacionais para reduzir os danos provocados por ele.

De acordo com a correspondente de saúde da BBC Ania Lichtarowicz, o estudo mostra que há muito mais riscos relacionados ao álcool do que somente a já conhecida cirrose hepática.

Câncer
O álcool pode ser associado a câncer, doenças do coração, desordens psiquiátricas, acidentes e ferimentos causados por violência.

E, segundo o estudo, esses problemas de saúde são mais comuns em países onde as pessoas bebem mais.

Em países islâmicos do Oriente Médio e da Ásia, onde bebidas alcoólicas não são tão comuns, apenas pouco mais de 1% de doenças e mortes são causadas por álcool.

Mas em certas partes do leste da Europa e da Ásia Central, onde o consumo é alto, problemas de saúde relacionados ao álcool respondem por mais de 12% das doenças e mortes.

Os autores do estudo dizem que o problema é tão grave que um tratado mundial - semelhante à Convenção para Controle do Tabaco - deve ser desenvolvido para o álcool.

Eles também propõem que o preço do álcool seja aumentado e que a bebida não esteja tão disponível.

Usando informações sobre o preço de bebidas e sobre mortes ligadas ao álcool na Grã-Bretanha, os pesquisadores estimaram que um aumento de 10% no preço resultaria em uma queda de 7% na quantidade de mortes por cirrose em homens, e de 8,3% em mulheres.

O professor Robin Room, do Centro Para Pesquisas Sociais sobre Álcool e Drogas da Universidade de Estocolmo, um dos autores do estudo, criticou as políticas de governos em relação à bebida.

"Existe uma discrepância completa entre as descobertas de pesquisas e as políticas consideradas por muitos governos", disse.

"Em muitos lugares, os interesses da indústria do álcool exerceram efetivamente um veto sobre essas políticas, assegurando que a ênfase seja dada a estratégias ineficazes, como educação", afirmou.


As informações são da BBC Brasil.

   
 
 
 

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