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qualidade de vida
20/09/2004
"Saúde deve ser vista como cultura", diz diretora do Opas

Cassia Gisele Ribeiro
Especial para o Gd


A meta é ambiciosa e um tanto curiosa. Fazer com que a saúde não seja vista apenas como um direito humano. "Queremos promover a saúde como cultura, uma cultura de valorização da qualidade de vida". Essa é a motivação de Mirtha Roses, no papel de diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Ao defender seu argumento durante conferência realizada na Faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo, a especialista deixou claro também que se trata de uma ambição um tanto utópica. "No entanto, só conseguiremos esse feito quando o direito a saúde for garantido a todos, algo que ainda não acontece".

Com o tema "A atual situação da saúde pública nas Américas", o evento discutiu quais são os desafios que a região enfrenta atualmente e enfrentará no futuro se o negativo panorama atual não mudar significativamente. "Os dados que temos mostram que 46% da população da América Latina e do Caribe não conta com seguro saúde, o que equivale a 230 milhões de pessoas", argumentou .

Dessa população mencionada por Mirtha, 125 milhões (27%) carecem de acesso permanente aos serviços básicos de saúde. Os dados fazem parte das pesquisas comparativas mais atuais entre o Brasil e outros países das Américas, fornecidos pelo OPAS e pela Organização Mundial de Saúde, de acordo com a diretora.

Outro problema destacado é o atendimento adequado para as gestantes, bebês recém-nascidos e crianças. Segundo os dados, 17% dos nascimentos não têm assistência de pessoal qualificado e 82 milhões de crianças não completam um programa de vacinação. "A melhoria da saúde da gestante e da criança é um dos grandes desafios da saúde para os próximos anos", diz a diretora.

No entanto, nada parece mais negligente, na visão de Mirtha, do que as mais de 152 milhões de pessoas sem acesso à água potável ou saneamento básico no continente americano. Os motivos? 120 milhões por razões econômicas - isto é , política públicas eficientes - e 107 milhões, por razões geográficas.

   
 
 
 

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