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febem
22/03/2004
Para especialista, dados servem de alerta

Para Karyna Batista Sposato, diretora-executiva do Ilanud, os dados sobre o crescimento do envolvimento de garotas na criminalidade servem como um alerta para as autoridades e exigem um mea-culpa dos especialistas.

"A gente conhece muito pouco do envolvimento da adolescente com a criminalidade. A atenção é sempre com o universo masculino", diz a pesquisadora.

Segundo ela, o conhecimento das infrações femininas na adolescência é importante para a elaboração de programas específicos por parte dos órgãos públicos. "Se já existe uma carência em relação a políticas de proteção aos meninos, imagina em relação às meninas", diz Sposato.

O apelo ao consumo, afirma ela, tem de ser levado em conta nas infrações masculinas e femininas, mas ressalta que não é só isso. "O acesso a armas de fogo ficou mais fácil para os jovens de ambos os sexos", avalia a pesquisadora.

Garotos e garotas enfrentam as mesmas carências na periferia, segundo Sposato, e podem ter reações semelhantes. Para ela, a falta de serviços públicos também tem de ser levada em consideração na análise dos crimes praticados por meninos e meninas.

Esse foi um dos aspectos de uma pesquisa do Ilanud, coordenada por Sposato, com jovens no programa de liberdade assistida em Santos (litoral paulista). Trinta adolescentes e 19 familiares foram entrevistados em 2002 e em 2003.

Desse grupo, 16,7% eram mulheres -no Estado de São Paulo, as meninas representam 8,6% dos jovens em liberdade assistida, segundo a Febem.
Apenas metade dos entrevistados quis declarar a renda -a Febem não tem um levantamento socioeconômico dos jovens. A renda média familiar ficou em R$ 748. Do total, 60% afirmaram viver em casa própria. A maioria deles (53,6%) disse acreditar ser fácil ou muito fácil a obtenção de uma arma de fogo.

Também a maioria dos entrevistados (agora 60%) afirmou já ter cometido atos ilícitos anteriores ao crime que originou a liberdade assistida. A média de idade quando esses delitos foram praticados ficou em 14 anos. O tráfico de drogas e o furto foram os crimes anteriores mais citados.




As informações são da Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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