Paulistano fica um mês por ano parado no engarrafamento, aponta pesquisa

Keila Baraçal

Ficou provado que os paulistanos passam cada vez mais tempo parados nos engarrafamento. Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada recentemente pelo Citigroup, com dados coletados no ano passado. Eles indicam que, em grandes cidades – como São Paulo e Cidade do México – os motoristas ficam, ao menos, um mês por ano paralisados. Como o trânsito não flui, o habitante se estressa e, seu rendimento nas atividades cotidianas cai em até 5%.

Tal realidade, para Christian Barbosa, consultor de uma empresa especializada na produtividade e administração do tempo, causa prejuízo no desempenho profissional e nas relações familiares das pessoas. Ele concorda com a pesquisa e por isso criou técnicas de consultoria voltadas especialmente para quem sofre com o tráfego.

Uma de suas dicas é que as pessoas precisam se conscientizar de que o trânsito traz malefícios aos desempenhos diários. Feito isso, deve procurar alternativas que ajudem a resolver tais problemas. “As pessoas podem sugerir ao gestor para chegar mais tarde ao trabalho e sair depois do horário de pico, por exemplo.” À medida que o profissional consegue administrar seu tempo, terá condições para acompanhar de perto a vida dos filhos, melhorar o rendimento profissional e produzir mais para a empresa. “O problema é que ainda não existe esta consciência no mercado.”

Mas para quem não conseguir fugir das paralisações, Barbosa recomenda que seja feito investimentos pessoais. “O motorista, quando está parado no congestionamento, pode aproveitar o tempo para se informar (ouvindo rádios de notícias) ou estudar (com áudio books). Muita gente reclama da falta de tempo para fazer essas coisas, mas às vezes, isso acontece porque não consegue se organizar”, conclui.

Outros dados
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os últimos recordes de congestionamento na capital foram apontados em março e maio deste ano. No mês de março a CET registrou às 9h do dia 11, quase 190 quilômetros. Na ocasião, houve diversos acidentes com vítimas.

Já em maio, o engarrafamento foi observado na parte da noite. Às 19h30, aproximadamente, um tombamento de caminhão no acesso da via Dutra e derramamento de óleo na Giovanni Gronchi provocaram um congestionamento de 266 quilômetros.