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Qual a maior estupidez brasileira?

“Concordo com sua preocupação e suas palavras sobre a questão da saúde dos estudantes. Porém, não concordo que um projeto chamado Cidade Limpa, que tem como finalidade manter a cidade limpa, seja chamado de obra de fachada mesmo com seus méritos, como você afirma.

Por que? Você sabe em que quanto o fato da cidade de estar suja implica a saúde das pessoas? A questão da cidade limpa implica uma atitude correta do cidadão com seu espaço urbano, mas não apenas isso.

Não escrevo para polemizar nada. Só gostaria de lhe lembrar que, mesmo vivendo num país de tantas emergências, não acho que para merecer alguma coisa deva-se desmerecer outra.”
Paul Constantinides, EUA – paul46paul@bellsouth.net


“Essa realidade é mais velha do que andar pra frente. Porém, como não existe vontade política, tal situação perdurará por muito tempo, sabe por quê?

Moro, por exemplo, numa cidade praiana que tem por volta de nove mil habitantes fixos. Como passei boa parte do meu magistério trabalhando na área da educação especial, vi coisas por este país que até Deus duvida. Agora como aposentado resolvi cobrar do governo municipal daqui o cumprimento da Lei Orgânica do Município. Até apresentei como contribuição um projeto, com todos os caminhos, para que eles fizessem alguma coisa de útil para a coletividade – principalmente o atendimento às crianças no tocante aos exames de acuidade, etc. Pensa que alguma coisa aconteceu?

Como a tal independência entre os poderes é só balela, todo mundo tira o corpo fora e ‘fica tudo como dantes na casa do Abrantes’.
Valdemiro de Carvalho Filho, Itapoá (SC)valdemirocarvalho@uol.com.br

“Mais imbecil que a falta ou precariedade de programas de saúde escolar é alguém escrever um artigo sobre este tema e não citar a incompetência do Ministério da Educação. Por favor, deixe de ser medroso e parcial. Um homem na sua idade não pode ter medo de entrar em quarto escuro.”
Paulo Eliazan, Rio de Janeiro (RJ) – paeliazan@yahoo.com.br

“Ora, o simples fato de o prefeito reduzir em 10 vezes o índice de proteína e
verduras na merenda escolar após simples solicitação do fornecedor da
merenda (a multinacional Nestlé) deixa mais do que claro para mim que esse
projeto com a Unifesp nunca será implementado 'de verdade', tratando-se de
outra fachada.”
Ciro Aragão, Rio de Janeiro – ciro_aragao@uol.com.br

“Poderia ser chamado, também, de ciclo vicioso da miséria: Não tenho saúde porque não tenho educação. Não tenho educação porque não tenho saúde!

Você que tem sido um paladino na tentativa de achar caminhos para os problemas da educação brasileira, poderia pensar num que entendo seja o mais conveniente
para o atoleiro em que nos debatemos: é imperativo que se crie uma demanda para a educação. Oferta para a educação existe. Escolas publicas sub-utilizadas (aqui em Santa Catarina temos 1.800 professores das escolas publicas estaduais com atestado medico, fugindo da violência das escolas publicas).

O que falta são pessoas interessadas em estudar, em colocar no estudo o fator chave de seus sucessos individuais (já que ser jogador de futebol, artista de cinema, traficante, político, apostador de mega-sena, etc) são expectativas que não exigem um mínimo de educação, mas de sorte e esperteza.

Estamos andando na contramão. O carro está na frente dos bois. Em 1982, a Coréia do Sul tinha uma renda per capita menor que a do Brasil. Hoje, é três vezes maior graças à política educacional desenvolvida desde aquela então. Destacou a importância da criação de uma demanda por educação. Os pais passaram a entender que educando os filhos teriam uma vida futura melhor, porque eles, filhos, teriam condições de ajudar com melhores condições.

Criou-se uma ciranda educacional da qual resultou num país de primeiro mundo, da proximidade de um Japão. Nós ficamos para trás. Agora está ficando pior porque estamos assistindo que um semi-analfabeto está realizando seu conto de fadas, participando com reis e rainhas de cerimônias inesquecíveis, com efeito demonstração de que a educação..... bem, a educação...

Como criar uma demanda para a educação? Os meios de comunicação estão com a palavra.”
Dilson Sarda – sarda@udesc.br

“Devo concordar com o que disse, mas não sem acrescentar algo que me frustra imensamente. Desde muito cedo os assuntos de educação me seduziram e fui então cursar Pedagogia na PUC/SP. Mas como toda estudante de classe média baixa, trabalhava o dia todo para pagar a mensalidade. Adorava o curso, mas me espantava com as meninas da minha sala, todas bonitas, bem nascidas, sem preocupações, vindas de bons colégios tradicionais mas imensamente desconectadas do mundo real.

Obviamente, como meu salário de vendedora de shopping não subiu no mesmo ritmo da mensalidade, fui obrigada a largar o curso, recolhendo minha paixão para quando tivesse mais recursos. Mas nunca desisti. Sempre busquei trabalhar, inclusive em ONGs consideradas sérias, mas nunca concretizei o sonho faculdade. Hoje, quase dez anos depois, continuo tentando realizar este sonho, até entrei em curso à distância, mas o salário de educadora é tão baixo que, ou eu estudo, ou pago as contas.

Agora me responda: as minhas colegas de PUC, bem alienadas no seu mundinho, hoje já são até pós-graduadas em educação sem nunca terem saído de seus Jardins! Qual a real possibilidade de mudança por este meio?
Então me deparei com a seguinte situação: hoje só tem sucesso ou quem é rico e mantém sua posição ou quem é paupérrimo que recebe incentivo de ONGs, governos etc. Sei de ex-meninos de rua com quem trabalhei que já foram até fazer cursos na França, patrocinados por pessoas de ‘bom coração’ (empresas, ONG).
E quem não está em nenhuma das pontas faz o que? Talvez a maior estupidez brasileira seja um país deste tamanho, com o déficit que tem de professores qualificados e apaixonados, com o imenso número de pessoas sem acesso à educação, desprezar e excluir quem tem realmente a vontade de transformar esta realidade. E não falo só por mim, pois sei que não estou sozinha.

Isso chega à ser um festival de descalabros! O que me diz disso?”

Arianna Praes - maxxmiria@hotmail.com

“Eu acompanho o seu voto, com um adendo: por falta de visão dos alunos na escola a miopia perdura nos cursos de pós-doutorado. Há também o caso de perda de memória, por exemplo, o Padre. Antônio Vieira, no Maranhão (1654) já havia denunciado outra forma de cegueira. Ele alertou que Portugal perderia a Amazônia caso não abrisse os olhos. Ainda durou dois séculos, mas a perdeu assim mesmo.

A cegueira passou para o Brasil na Adesão do Pará (1823), a estupidez do Império rendeu logo a Cabanagem... É preciso abrir os olhos da saúde e também da educação sobre o território nacional no extremo-norte.”
José Varellajose.varella2007@yahoo.com.br

“Uma delas é permitir que somente uma rede de televisão seja retransmitida para todo o país, durante mais de 30 anos, deste a ditadura militar. Até hoje, no interior, somente é possível, para quem não possui antena parabólica, pegar um ou dois canais no máximo.

Unanimidade para a Rede Globo. Imagine, falar de censura, livre expressão, liberdade de imprensa, para um canal que há mais de 30 anos tinha exclusividade de transmissão única para todo o Brasil.

Isso é mais que uma estupidez brasileira, um crime que foi e ainda é praticado contra toda a sociedade brasileira.”

Carlos Alberto Paulo de Britocarlosapbrito@yahoo.com.br

“Concordo em gênero, número e grau. Sou fonoaudióloga e trabalhei por pouco mais de dois anos na Secretaria da Educação em uma prefeitura do interior de SP. O aspecto mais frustrante que enfrentei como profissional na área educacional foi conseguir que projetos preventivos fossem implantados na Rede Municipal e que a Saúde e a Educação firmassem parceria.

A atual secretária de Saúde, quando procurada para que começássemos a trabalhar em conjunto, tratou-nos com completo desdém e ignorância. Penso que a omissão do poder público em combater problemas simples como os citados no seu artigo reside no interesse particular e privado dos que exercem tal poder. O ego deles os impede de trabalhar para o bem comum. Pois o que eles querem mesmo é sobrepujar o adversário político nem que para isso projetos, que seriam de grande utilidade, sejam boicotados e postos de lado.

Penso que enquanto o poder público continuar funcionando somente em benefício da corja que rodeia os políticos e deles próprios continuaremos a indagar: ‘Qual é a maior estupidez brasileira?’ para tentar entender o motivo de tanto desatino, incoerência, ladroagem que vemos continuamente aqui.”
Valéria Vieiravtvaleria@yahoo.com.br

“Concordo com seu artigo, mas não entendi a relação que possa existir entre o
projeto da Universidade Federal de São Paulo com qualquer mérito que possa ser
atribuído ao Prefeito Kassab.”

Álvaro P. Coppietersalvaro_coppieters@yahoo.com

“Gosto bastante da sua coluna. Você tem identificado mazelas e problemas dos mais bizarros presentes nas instituiçõess do Brasil. Mas penso que você já tem evidências suficientes pra começar a enxergar a floresta, em vez de somente as árvores. Com isso quero dizer: não está na hora de reconhecer que não é por acaso que o Brasil é um pais é subdesenvolvido? Digo isso porque me parece que você se surpreende a cada novo problema descoberto – como esse, de que crianças tem desempenho pobre na escola por falta de assistência médica básica. Não lhe parece tautológico dizer que no Brasil os "programas de saúde escolar são precários", assim como seria tautológico dizer que na Suécia a qualidade de vida é muito boa?
Sergio - sergioadesousa@yahoo.com

“Na Alemanha, onde vivo, há uma série de consultas médicas obrigatórias para crianças em idade escolar. Isso é uma das poucas oportunidades que o governo tem de controlar o zelo e a atenção dos pais quanto à saúde das crianças.

E não são poucos os casos de crianças subnutridas ou com problemas sérios de saúde, desmazelo higiênico e/ou social que podem, então, ser notificados ao Jugendamt - a repartição pública voltada às crianças e adolescentes. O Jugendamt orienta e controla esses casos a partir daí até se ter certeza de que os pais dessas crianças estão fazendo tudo certinho. Um esquema que com certeza já salvou a vida e o futuro de milhares de criancas.”
Rainer Pfeiffer Novelli, Füssen (Alemanha) – rainer.p.n@googlemail.com

“Achei fantástico este programa da Unifesp. Quero ressaltar que também é preciso preparar os professores para que eles possam identificar de forma rápida e precisa estes problemas citados na reportagem.

Seria muito interessante criar grupos compostos de médicos, dentistas e psicólogos específicos para as escolas públicas, fazendo visitas esporádicas com o objetivo de identificar doenças e de orientar os pais, assim com era feito antigamente, nos anos 50 e 60, naquelas escolinhas públicas da capital para crianças a partir de três anos, que foram matéria de uma reportagem de Veja São Paulo (saiu em alguma edição do mês de Agosto/2007).

Aproveitando este espaço, eu gostaria de propor a contratação de um(a) psicólogo(a) para cada escola pública, assim como é feito em algumas boas escolas particulares. Muitos alunos têm problemas psicológicos ocasionados, na maior parte, por traumas familiares, como perdas, agressões e complexos.
Kazuo Nukui – kazuo.nukui@dtsconsulting.com.br

“Parabéns para o articulista e para a Folha. Excelente artigo. Que dera tivéssemos tal sensibilidade em todas as colunas de jornais.”
Wagner Coelho – wagcarcoe@bol.com.brkazuo.nukui@dtsconsulting.com.br

“Finalmente você escreveu algo decente, senhor Gilberto”
Donald Duck – verfickdich@yahoo.co.uk

Leitores elegem cenário político como sendo a maior estupidez brasileira

“Absolver o Renan… Essa é de matar…”
Maria Sircia de Sousa - sircia@terra.com.br

“O sempre brilhante Gilberto Dimenstein nos questiona acerca da maior estupidez brasileira. Ora, culto articulista; não é necessário maior esforço para encontrar a resposta na própria essência do nosso povo. (Re)eleger um analfabeto para o maior cargo administrativo do país revela, de forma incontestável, a ignorância e falta de interesse pelo seu próprio bem estar. “
Oswaldo Macek - macek@uol.com.br


 
 
 

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