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04/12/2003
Produção de lixo cai 12,1% em São Paulo

A produção de lixo na capital caiu 12,1%, segundo o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), de 2002 para 2003. No ano passado, a somatória do lixo coletado em casas, estabelecimentos comerciais que produzem até 200 litros por dia, feiras e ruas representou 3,55 milhões de toneladas. Segundo cálculos da prefeitura, a projeção para 2003 é de 3,1 milhões de toneladas.

O percentual de queda não é novidade nos últimos cinco anos. Mas a curva descendente da produção de lixo não passava dos 3,2% antes da implementação, neste ano, da taxa do lixo.

Para o diretor do Limpurb, Fábio Pierdomenico, a taxa do lixo e a conscientização da população foram "fatores significativos" para a queda na produção. "A queda vem ocorrendo nos últimos anos, mas não de forma tão drástica", explicou Pierdomenico.

Segundo a prefeitura, a projeção para a produção de lixo foi calculada com base na média coletada nos últimos 11 meses. O número não inclui a coleta seletiva -que representa um total de 656 toneladas por mês, desde que o programa foi iniciado, em setembro. A prefeitura levou em conta que, em dezembro, a produção de lixo aumenta porque é um período de festas e por causa do 13º salário.

Especialistas relacionam a queda da produção à falta de dinheiro. Para Miguel de Oliveira, da Associação dos Executivos de Contabilidade e Finanças, a desaceleração da economia, em 2003, foi mais forte que no ano anterior. Segundo ele, a renda do paulistano caiu 15% nos últimos 12 meses. No ano passado, a renda caiu 5%. Já o desemprego foi de 12,79% em 2003 contra 11% no ano passado. "As pessoas estão comprando o básico. Não desperdiçam e produzem menos lixo."

O economista William Eid, da Fundação Getúlio Vargas, tem a mesma opinião. "Pode até ter um fator a mais para a queda da produção do lixo, mas o mais significativo é a falta de dinheiro."

Reciclagem
Morador do Parque Peruche, na zona norte da capital, o aposentado Alcides Pereira, 63, diz que "há tempos" controla seus impulsos na hora de fazer as compras. "Não dá mais para comprar tudo o que a gente quer", diz o aposentado.

Embora o caminhão da coleta seletiva não passe na rua onde Pereira mora, diariamente ele separa latas, plásticos, vidro e papel seco, recolhidos por um catador.

Perto dali, na Casa Verde, o funcionário público Ademir Rosa, 50, diz que seus vizinhos também fazem reciclagem. "Com isso, o que sobra para o caminhão [convencional] pegar é pouco", disse ele.


As informações são do jornal Agora.

 
 
 

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