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saúde
24/02/2005
Secretário estuda rodízio de médicos na rede
 

O secretário da Saúde da cidade de São Paulo, Claudio Lottenberg, estuda implantar um sistema de "rodízio de médicos" para cobrir o déficit que existe, principalmente na periferia da capital.

A secretaria promete chegar neste ano a 800 equipes do Programa Saúde da Família -hoje são atualmente 600.

"Nos serviços de urgência não faltam médicos, agora o grande problema são locais de difícil acesso: você faz concurso, oferece remuneração melhor, mas as pessoas não querem", disse o secretário na manhã de ontem.

Segundo Lottenberg, a idéia é que parceiros -entidades sem fins lucrativos, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que hoje já cuidam de equipes do Programa Saúde da Família -assumam também a administração de unidades básicas de saúde (UBSs) e implantem o rodízio de profissionais. A primeira a ser entregue é um posto de saúde no Jardim Ângela, zona sul.

"Você pega um parceiro, dá a ele também a incumbência de uma UBS e então ele consegue, num sistema de rodízio de médicos, cobrir aquela deficiência", explicou o secretário. "Ele [parceiro] consegue que os próprios médicos façam sistema de rodízio."

O secretário reconheceu que o sistema não é ideal, porque os médicos teriam dificuldades para criar vínculos com os pacientes. "Mas é pelo menos a oportunidade de você oferecer alguma coisa para quem não tem nada."
Após a palestra, ele também prometeu informatizar as entregas de remédios até o fim do ano.

Segundo a coordenadora de Recursos Humanos da secretaria, Cláudia Valentina Campos, o déficit de médicos na periferia paulistana é de 700 profissionais, 17,5% dos 4.000 servidores. A carência está concentrada nos extremos das zona sul e leste da cidade.

"Estamos estudando essa possibilidade com base na experiência do Programa Saúde da Família, na qual houve uma fixação melhor dos profissionais na periferia", disse a coordenadora.

O PSF é uma estratégia de atenção básica à saúde em que equipes com médico, enfermeiro, auxiliares e agentes comunitários cuidam de grupos de família.

As vagas em UBSs da periferia (em geral lugares de difícil acesso e com alto índice de violência) são freqüentemente recusadas pelos aprovados nos concursos. No ano passado, a prefeitura ofereceu gratificação extra de 40% para quem optasse por trabalhar na periferia, mas não conseguiu adesões. "Mesmo com esse benefício, não se completou o quadro", afirmou Cláudia Campos.

As informações são da Folha de S. Paulo.

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