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90%
dos trabalhadores do mundo não pensam em aposentadoria
A Organização
Internacional do Trabalho (OIT) anunciou nesta sexta-feira que 90%
da força de trabalho do mundo não tem planos de aposentadoria. No
Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
indica, em pesquisa divulgada hoje, que, dos trabalhadores com 10
anos de idade ou mais, 56% não contribui para a previdência social.
O risco apontado pela OIT é de que estes trabalhadores se tornem
pobres ao atingirem a terceira idade ou se tornarem inválidos, principalmente
nos países menos desenvolvidos.
Uma das principais bandeiras do Ministério da Previdência é o Programa
de Estabilidade Social, uma campanha que pretende informar os brasileiros
dos problemas que podem enfrentar no futuro se não começarem a pensar
na aposentadoria desde já.
Dados do IBGE mostram que o Brasil já tem uma das maiores populações
idosas do mundo, apesar do processo de envelhecimento populacional
relativamente recente.
(Cristina Mori)
Excesso de
trabalho faz japoneses morrerem
A recessão econômica
do Japão está fazendo com que o país bata recordes de suicídios,
especialmente entre executivos de meia-idade. A expectativa é que
o índice de 1999 supere a marca registrada no ano anterior, de 31.755
mortes.
O estigma sobre o desemprego faz com que os patrões, pressionados
pela falta de lucros, tornem a vida do trabalhador indesejado um
inferno, de modo a estimular que eles mesmos se demitam. O problema
é que muitas pessoas levam isso a sério e se suicidam, ao invés
de simplesmente sair do emprego.
Mas os japoneses não estão se matando por causa da perspectiva de
desemprego, e sim por trabalharem demais. A tradicional cultura
do excesso de trabalho faz com que pelo menos 10 mil pessoas morram
por ano, entre mortes naturais e suicídios. Um caso recente foi
o do primeiro-ministro Keizo Obuchi, que morreu no começo de abril.
(Natasha Madov)
94,7% dos jovens
brasileiros estão na escola, diz IBGE
A Síntese de
Indicadores Sociais de 99 divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) revela que há cada vez menos jovens
brasileiros fora da escola. De acordo com a pesquisa, 94,7% das
crianças de 7 a 14 anos estão matriculadas, e o índice de adolescentes
de 15 a 17 anos freqüentando a escola nos últimos sete anos aumentou
28,1%.
Esse aumento, segundo o IBGE, se deve provavelmente a uma maior
oferta de cursos noturnos de educação juvenil e à exigência do mercado
de trabalho por profissionais mais qualificados. Em 1992, a taxa
era de 59,7% e, em 98, havia subido para 76,5%.
Segundo José Marques Camargo, professor de economia da PUC-RJ e
sócio da consultoria Tendências, o aumento da escolaridade entre
os jovens pode levar à diminuição do desemprego. "Mais jovens estudando
significa que haverá uma menor oferta de mão-de-obra dessa faixa
etária no mercado", explica. "E, como conseqüência, teremos também
uma melhoria da qualificação da força de trabalho no país", conclui.
(Miguel Vieliczko)
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