UOL
       
 


Página inicial

Ciência

Risco

Mercado

Trabalho

Comportamento




 

 


COMPORTAMENTO


Neubauer bateu recorde do hospital

Lois Neubauer, 28, era o campeão de entradas no hospital. Conta que o representante do convênio médico dizia ter prejuízos com os resultados de suas peripécias no skate e na bicicleta.

Desde pequeno, gostava de ação e era “fissurado” em vôo livre. Ao decolar de asa-delta pela primeira vez, com 18 anos, conhecia bem a modalidade _seu pai a praticava havia quase uma década.

Neubauer começou no parapente em 93, “por diversão”. Os acidentes, para ele, eram consequência da fase “experimental” do esporte. “A gente fazia testes práticos voando. Subia até 2.000 metros e treinava manobras.”

Em 96, tinha uma loja de equipamentos para vôo livre, em Andradas. No dia 13 de julho, resolveu voar bem cedo. Estava a 100 metros de altitude quando o parapente fechou. Ainda tentou abrir o reserva, mas ele não funcionou.

Logo após a queda, sem sentir as pernas, Neubauer diz ter imaginado que não andaria mais. Segundo ele, “a primeira coisa que veio à cabeça é que só poderia voar de asa-delta rebocado”.

De fato, ficou paraplégico. Afirma que os esportes que fazia ajudaram-no a se motivar: “Minha condição era bem mais precária, mas a vontade de quebrar barreiras era a mesma”.

O primeiro vôo pós-acidente foi de paramotor, sete meses depois. Diz ter sentido uma satisfação “show”. Hoje, voa regularmente e pratica caiaque. Sua asa-delta tem rodinhas para que possa decolar e pousar sem usar as pernas.

Há quase dois anos, Neubauer fundou uma revista de esportes radicais, um “negócio de risco”. O objetivo da “XSports”, segundo o fundador, é “informar o pessoal, para que não cometam os mesmos erros que eu cometi”.
(LS)

Leia mais: Lewis teve carreira cheia de 'loucuras'