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Advogados de Weinstein fazem apelo a juiz e pedem pena de cinco anos de prisão

Documento tenta aliviar sentença às vésperas de decisão sobre casos de abuso sexual envolvendo o ex-produtor

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São Paulo

Os advogados de Harvey Weinstein fizeram um último apelo à Justiça às vésperas da proclamação da sentença do ex-produtor de Hollywood, que deve acontecer nesta quarta-feira (11).

Em carta endereçada ao juiz dos casos de abuso sexual envolvendo Weinstein, James Burke, da Suprema Corte, os advogados pedem que o magistrado o condene a apenas cinco anos de prisão, contra os 29 anos possíveis.

"Por seu histórico, o senhor Weinstein, como na maioria dos casos, é uma pessoa complicada, e o julgamento não o retratou de forma justa quem ele é como pessoa", diz o documento. "Sua história de vida, suas conquistas e suas lutas são simplesmente notáveis e não deveriam ser desconsideradas por causa do veredito do júri."

No dia 24 de fevereiro, um júri formado por sete homens e cinco mulheres condenou Weinstein em duas das cinco alegações contra ele: abuso sexual e estupro. E o inocentaram da mais grave, a de comportamento sexual predatório, que podia levá-lo à prisão perpétua.

O ex-produtor Harvey Weinstein no dia da leitura da decisão do júri, em fevereiro
O ex-produtor Harvey Weinstein no dia da leitura da decisão do júri, em fevereiro - Johannes Eisele/AFP

As denúncias contra o ex-produtor, um dos nomes mais poderosos da indústria cinematográfica, serviram de gatilho para o movimento MeToo, que incentivou dezenas de mulheres a irem a público falar sobre casos de assédio sexual que sofreram.

Dois desses casos tiveram como consequência a sentença que Weinstein enfrentará nesta quarta: o de Jessica Mann, que o acusou de estuprá-la num hotel em 2013, e o de Miriam Haley, que o denunciou por ter praticado sexo oral nela à força em 2006.

A defesa de Weinstein tentou desacreditar as acusadoras, dizendo que elas transaram com o produtor para progredir em suas carreiras. Os advogados do produtor tentaram mostrar que as vítimas tiveram contatos amigáveis e fizeram sexo de forma consensual com ele depois dos crimes. O júri discutiu o caso por cinco dias e concluiu pela condenação.

Outras alegações contra o magnata de Hollywood já prescreveram, não se enquadram na jurisdição de Nova York ou envolvem comportamento abusivo, mas não criminal.

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