Intérprete de sucesso nas décadas de 1960 e 1970, o cantor romântico e seresteiro Carlos José morreu neste sábado (9), aos 85 anos.
Ele estava internado havia dez dias na UTI do hospital São Francisco da Providência de Deus, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com Covid-19. Sua esposa, Vera, também está internada por causa da doença, em outro hospital, já em recuperação, mas ainda sem previsão de alta.
Paulistano, Carlos José se mudou para o Rio de Janeiro em 1939. Na capital fluminense, ingressou na faculdade de direito, onde organizou um grupo de teatro e música que revelou, entre outros, Geraldo Vandré e Silvinha Telles.
Carlos começou sua carreira profissional em 1957, apresentando-se no programa “Um Instante, Maestro”, comandado por Flávio Cavalcanti. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, com interpretações de sambas de Maysa, Tom Jobim e Newton Mendonça. O LP de 78 rotações por minuto lhe rendeu o título de cantor revelação do ano, concedido por cronistas do Rio de Janeiro. Depois do reconhecimento, abandonou a carreira de advogado para se dedicar à música.
Era considerado um grande seresteiro e suas interpretações de “Esmeralda”, “Guarânia da Saudade” e “Lembrança” fizeram sucesso nas rádios do país. Com o irmão, o maestro Luiz Cláudio Ramos, Carlos José lançou em 2015 o disco “Musa das Canções”, que teve a participação de Chico Buarque.
Ele deixa dois filhos, João e Luciana, e dois netos. A primeira mulher, mãe dos filhos, morreu em 1984.
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