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bairros que mais crescem

Mercado de novos prédios no Tatuapé dá sinais de esgotamento na zona leste

Alberto Rocha/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 28.01.18 1h O que vai bombar no Carnaval 2018 nas ruas. Denny Azevedo, 34, e Ricardo Don, 31, artistas, no Academicos do Baixo Augusta. (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, COTIDIANO)
Bairro da Penha, na zona leste, que teve o triplo de projetos do vizinho Tatuapé nos últimos dois anos

Nos últimos 25 anos, o Tatuapé foi o terceiro bairro com o maior número de lançamentos imobiliários na cidade e o único representante da zona leste entre os dez primeiros, de acordo com números da Embraesp.

O bairro, que cresceu vigorosamente com a vinda de moradores de partes mais periféricas da cidade, começa a dar sinais de esgotamento. Desde 2012, o volume de projetos vem caindo na região, segundo dados da prefeitura.

A Embraesp registrou 22 novos projetos para empreendimentos no Tatuapé entre julho de 2016 e junho de 2018. Metade dos 44 registrados na Vila Matilde e menos de um terço dos 72 projetos na Penha no mesmo período.

A explicação é que o estoque de terrenos disponíveis no Tatuapé diminuiu por causa da alta procura nos últimos anos, e, em contrapartida, o valor dos imóveis subiu.

Hoje o preço do metro quadrado na região é, em média, R$ 5.128, segundo o Secovi-SP, entre 30% e 40% a mais do que o valor médio na Vila Matilde.

"O processo empurrou a expansão para os limites dos bairros próximos", diz André Coletti, da Porte Engenharia.

A primeira grande transformação do Tatuapé foi em 1935, com a industrialização de São Paulo. As chácaras fracionaram-se e deram lugar a casas térreas destinadas a operários que trabalhavam nas fábricas montadas nos bairros vizinhos, na Mooca e no Brás.

Na década de 1950, começaram a surgir os sobrados, com dois quartos em cima. Depois foram construídos os prédios residenciais com três andares, mas sem elevador, conta Pedro Abarca, 87, estudioso do bairro, onde vive desde que nasceu. Segundo ele, os edifícios com 15 andares, de alto padrão, começaram a fazer parte do bairro a partir dos anos 1980. Hoje, o Tatuapé está verticalizado.

"O Tatuapé está consolidado e vai continuar crescendo como os Jardins, na zona sul, que segue se modernizando", diz Fincati, da Embraesp.

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