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10/12/2011 - 04h15

Conferência sobre mudança climática é prorrogada por falta de consenso

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DA EFE

Após duas semanas de negociações infrutíferas, a COP-17 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas) de Durban (África do Sul) teve de ser prorrogada para aumentar as chances de um acordo.

Já na madrugada deste sábado, a presidência da conferência, a cargo da África do Sul, seguia apresentando minutas aos 28 ministros que negociam em nome dos 195 países presentes na conferência, que oficialmente deveria ter terminado na sexta-feira.

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As duas minutas finais deverão ser debatidas em uma sessão plenária na manhã deste sábado.

Os principais empecilhos são a negociação de um segundo período do Protocolo de Kyoto, o único tratado vigente sobre corte de gases do efeito estufa, e o futuro de um acordo global de caráter vinculativo.

A União Europeia, apoiada por 120 países africanos, os Estados insulares mais ameaçados do Pacífico e do Caribe e os países menos desenvolvidos, exige um acordo global juridicamente "vinculativo" de corte de emissões que entre em vigor até 2020, em troca de um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Rússia, Canadá e Japão anunciaram que não assinarão um segundo Protocolo de Kyoto, um acordo ratificado por 37 nações industrializadas mas não pelos Estados Unidos.

China e EUA, os dois principais emissores de gases do efeito estufa, levantaram durante estas duas semanas de negociações em Durban a hipótese de apoiarem um acordo juridicamente vinculativo sobre redução de gases, uma postura compartilhada pela Índia, que reivindica seu direito a desenvolver sua economia.

A UE "quer um acordo em Durban, mas não a qualquer preço", declarou na noite desta sexta-feira o enviado do Parlamento Europeu à cúpula, o alemão Jo Leinen, que considerou que "o êxito ou o fracasso (da cúpula) está agora nas mãos de EUA, China e Índia".

A ONG Friends of the Earth criticou em nota o "baixo nível de ambição" das minutas apresentadas até agora e disse que "os países desenvolvidos têm a obrigação legal e moral de aceitar um segundo período do Protocolo de Kyoto".

 

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